V de Vitória no imobiliário português, como vender ou arrendar em tempo de Covid-19

Durante o primeiro trimestre ouvíamos relatos de uma doença que parecia tão longínqua noutro continente, sem saber o que viria, mas num mundo cada vez mais global, tanto o bom como o menos bom chegam-nos mais rapidamente que antes, cabendo-nos a nós saber como adaptar às novas circunstâncias. O mundo não acabou, apenas está diferente e mais digital, o imobiliário um dos pilares da nossa economia poderá também ser um motor de recuperação. Não deixaram de existir proprietários, compradores, arrendatários, promotores e profissionais imobiliários. O português continua a querer mudar de casa, no confinamento muitos estão a valorizar mudarem-se para uma casa maior, ter uma varanda, mudar para os subúrbios, para o campo, inclusive alguns voltar aos centros impulsionados e animados pelas possíveis descidas de preços. Por outro lado, o comprador internacional está apenas à distância de um click e Portugal em todos os indicadores é um país no topo das preferências para investir no período pós-Covid. O mercado português sairá reforçado deste grande desafio, os portugueses souberam com enorme responsabilidade e valor confinar-se às suas casas e manter o distanciamento social, por isso não teremos tanto impacto como outros países. O nosso V de recuperação no imobiliário poderá ser mais rápido. No idealista verificam-se já tendências animadoras e temos mais tráfego que em 2019 e especialmente a nível de arrendamento vemos uma tendência de crescimento da procura superior ao pré-Covid. Inclusive a nível de compradores internacionais contávamos já com cerca de 30% de tráfego internacional o que poderá ser reforçado. Como aconteceu noutros mercados teremos um pico de crescimento no imobiliário entre maio e junho, a procura está pendente da redução de medidas mais restritas e a possibilidade de se poder comprar ou arrendar com maior segurança. O paradigma mudou e nada será como antes, os compradores querem ver toda a informação do imóvel online porque querem visitar o mínimo de casas possível, a decisão de esconder informação para pedir informações será uma quebra de confiança e perda da venda. O proprietário está menos disponível para abrir a porta da sua casa para visitas, por isso todos os compradores deverão ser extremamente qualificados. Em praticamente todos os casos até existir uma vacina a visita ao imóvel será apenas a confirmação do que foi visto online, e inclusive em alguns casos deixará de ser necessário. O momento pede um salto tecnológico que bem utilizado poderá reduzir custos de marketing importantes nesta fase em que temos que pensar melhor nos investimentos. Assim sendo, ferramentas como Skype, Gotomeeting e Microsoft teams podem fazer a diferença nas reuniões que passam a ser online e com a Visita Virtual, Visita em 3D, Homestaging Virtual e Openhouses online podemos mostrar o imóvel. Brevemente será possível a assinatura de contratos imobiliários online. O contacto pessoal não deixa de existir, apenas será diferente e adaptado às novas exigências. Grandes oportunidades estão a aparecer no imobiliário, mas apenas para quem quiser adaptar-se no mundo mais digital, não devemos nem podemos esconder-nos da nova realidade em que vivemos.

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