Semana da Reabilitação urbana – Porto

De facto, à degradação do parque edificado, onde são necessárias obras em mais de 1,5 milhões de fogos e à necessidade de requalificação dos nossos espaços urbanos, considerando dimensões relevantes como a sustentabilidade, as cidades inteligentes, a energia e a mobilidade, somam-se fenómenos muito complexos do ponto de vista social, como a sobrelotação e a falta de acesso à habitação, agravadas pela escassez de habitação social condigna e pela inexistência de um verdadeiro mercado do arrendamento.É necessária uma verdadeira visão global, que permita colocar as políticas territoriais e de requalificação urbana no centro de uma estratégia capaz de dar resposta às carências existentes e, sobretudo, tirar partido do potencial das nossas cidades, da dinâmica no turismo a que estamos a assistir, bem como ao crescente interesse por parte dos investidores estrangeiros e ao atual nível das taxas de juro.São fatores que têm de ser aproveitados, a que se juntam as oportunidades de financiamento europeu, designadamente o Portugal 2020 e, em especial, o novo instrumento financeiro para apoio à Reabilitação Urbana, que poderá atingir os 3 mil milhões de euros e cuja correta implementação constitui, como sempre defendemos, um elemento essencial para encerrar um ciclo iniciado com importantes alterações legislativas, como a nova Lei das Rendas, o Regime Extraordinário de Reabilitação Urbana (RERU), as alterações à Lei dos solos, entre outras.Desta forma, o nosso apoio à Semana da Reabilitação Urbana no Porto, é acompanhado pela convicção que esta iniciativa constituirá um importante vetor de divulgação de oportunidades e de captação de interesse para um mercado cujo desenvolvimento é essencial para o setor e para o país.

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