Já escolheu o seu espaço de coworking?

O conceito-base já é claro: partilhar espaços de trabalho com várias empresas, conseguindo flexibilidade, quer em termos de ocupação de postos de trabalho, quer em duração contratual. Mas que empresas são estas? Pequenas? Ou também médias e grandes empresas? Tecnológicas ou consultoras? O conceito não inspira só freelancers e startups. Tem havido um aumento da utilização destes espaços por parte de grandes empresas que os usam como incubadoras para novas ideias, sendo não só possível ter um posto de trabalho em regime de hotdesking num open space, como ter também pisos completos adaptados à sua imagem. Já há muitas e variadas possibilidades no mercado português. Tenho visitado muitos destes espaços e o meu conselho é que pense bem nos atributos que a sua empresa mais valoriza antes de escolher o coworking ideal para seu negócio. Perto de casa ou perto dos clientes? A estratégia dos operadores tende a apostar na diversificação, ou seja, abrir vários centros em diferentes localizações para poder proporcionar aos seus membros a possibilidade de trabalhar hoje mais perto de casa e amanhã junto a um cliente. Muitas vezes os próprios centros são diferentes entre eles, adaptando-se à zona onde se inserem. Para a maioria das empresas é ainda importante ter boas acessibilidades e estar próximo de uma boa rede de transportes públicos, bem como de serviços e espaços de lazer. Sempre ligados Uma boa rede de comunicações é essencial. Trabalhar sem uma excelente ligação à internet é muito difícil, se não mesmo impossível, hoje em dia. Quase tão importante como a internet é o número de pontos de acesso à rede elétrica, para poder carregar o portátil e o telemóvel na mesa onde está instalado. Espaço funcional Se está num open space, é relevante avaliar a sua dimensão, bem como a das mesas e o espaço físico entre os postos de trabalho. É igualmente importante perceber quantas salas existem para poder fazer reuniões internas ou com clientes ou ainda phone booths para fazer chamadas telefónicas com privacidade. Idealmente as salas de reunião devem estar equipadas com ecrãs e permitir fazer vídeo conferências. Flexibilidade contratual Nestes espaços é possível ter contratos de curta duração e flexíveis, ajustando-se às necessidades das empresas. Hoje pode ter uma secretária em regime de hotdesking, amanhã um lugar fixo e no próximo mês poderá ter o seu próprio gabinete. Comunidade que ajuda a conectar a empresa Este é um ponto-chave. É muito importante perceber quem faz parte da comunidade de cada coworking. A organização de eventos feita por um community manager ou de um host para promover networking é muito relevante para algumas empresas. A existência de um plano de atividades regulares como pequenos-almoços temáticos, workshops ou até aulas de yoga é já comum. Alguns dos operadores criam aplicações ou plataformas que ajudam a conectar os vários membros e a promover sinergias, assim como organizam apresentações das novas empresas que se juntam à comunidade. Áreas sociais e de lazer são o ADN de um coworking As zonas onde podem realizar-se reuniões mais informais, relaxar ou conversar enquanto se bebe um café e se trocam ideias são parte integrante destes espaços. É desejável que existam áreas exteriores e que as copas tenham fruta, café, chá e snacks para os membros, bem como todas as condições para que possam aquecer refeições trazidas de casa. Além de todos os pontos referidos, a preocupação ambiental e social, o som (ou sua ausência), a luz natural e artificial, o conforto e diversidade do mobiliário, decoração e a limpeza são também fatores que deverá analisar. Acredito numa especialização dos operadores deste setor, o que tornará cada vez mais evidente qual o espaço mais adaptado à sua empresa. Já escolheu o seu?

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