Alojamento estudantil: uma lufada de ar fresco no investimento no setor imobiliário

.As residências universitárias apresentam, de forma clara, essa evolução, tendo emergido as primeiras residências universitárias simultaneamente com as primeiras universidades no século XIII. Este conceito que, inicialmente, estava estritamente relacionado ao aproveitamento de espaços das universidades existentes, evoluiu para o alojamento fora das universidades, com diversos serviços agregados, tornando-se, em simultâneo, um produto de investimento. Os EUA foram percussores desta tendência nos anos 70, sendo também adotada posteriormente pelo Reino Unido nos anos 90.No que toca ao mercado português, este ainda se encontra numa fase inicial de consolidação, tendo surgido nos últimos 5 anos grandes operadores europeus a entrar no mercado nacional, principalmente nas cidades de Lisboa e do Porto. Tal situação resulta da constatação clara do desajuste no mercado do alojamento universitário, no qual a procura excede em larga escala a oferta. Adicionalmente, o reconhecimento internacional da qualidade das nossas universidades e politécnicos reforça a sustentabilidade do mercado com tendência para aumentar a captação de novos alunos internacionais.O mercado do alojamento universitário é, portanto, um setor jovem em Portugal e de confiança. Quando o assunto é a aplicação de novos investimentos, é inegável que as caraterísticas atuais de Portugal tornam este novo mercado uma autêntica janela de oportunidades.O futuro deste mercado passará, certamente, pelas respostas inovadoras aos desafios que o mesmo irá encontrar, devendo focar-se na melhoria do produto dirigido ao estudante e incorporar as inevitáveis tendências transversais: CO zero, responsabilidade social e ambiental e, como não poderia deixar de ser, estratégias de combate a epidemias e situações de crise.

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