A Century 21 Portugal registou um arranque de ano robusto, com um desempenho muito positivo no primeiro trimestre. O crescimento foi particularmente expressivo nas cidades de média dimensão e nas zonas periféricas dos grandes centros urbanos.
Seixal, Sintra e Almada lideraram o aumento do número de transações, com crescimentos de 56%, 41% e 30%, respetivamente. Estes dados evidenciam o crescente interesse por localizações fora dos centros tradicionais, impulsionado por fatores como a escassez de oferta nas zonas centrais, a limitação do poder de compra das famílias e a valorização crescente dos territórios de segunda linha.
Para Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal, “a evolução recente do mercado habitacional revela uma mudança estrutural nos critérios de procura por parte das famílias portuguesas. Mais do que uma escolha, muitos movimentos residenciais são hoje motivados por restrições orçamentais e pela crescente dificuldade em aceder à habitação nas zonas centrais. Esta realidade está a forçar, sobretudo os mais jovens, a reajustar expectativas, procurando soluções mais compatíveis com a sua capacidade financeira – mesmo que isso signifique mudar de concelho ou abdicar de características antes prioritárias, como a localização central ou a dimensão da casa”.
Neste período, destacam-se ainda os concelhos onde as moradias representam uma proporção significativa das vendas, como Pombal (76%) e Sesimbra (60%), em contraste com zonas como Sintra (15%) e Seixal (21%), onde os apartamentos continuam a ser predominantes. No caso de Lisboa, apesar de manter o valor médio de venda mais elevado do país (435.335 euros), as vendas de apartamentos registaram um crescimento de 26%, o que demonstra também uma retoma da atividade dentro da cidade.
Aumento de 58% nos contratos abertos
Entre janeiro e março deste ano, a Century 21 Portugal registou um aumento de 58% nos contratos abertos face ao ano anterior, sinalizando maior proatividade na geração de negócio. No segmento de arrendamento, apesar de um crescimento de 8% nos contratos celebrados, a escassez de oferta limitou o aumento efetivo de arrendamentos a 3%. Em paralelo, a rede prosseguiu a sua expansão, com mais empresas (+6%), agências (+7%) e consultores ativos (+6%) no país.
“Estes resultados demonstram a capacidade da nossa rede em adaptar-se às necessidades reais das famílias portuguesas, com foco na proximidade, no conhecimento do território e na construção de soluções habitacionais sustentáveis e viáveis em diferentes geografias do país”, sublinha Ricardo Sousa.
Alentejo registou a maior valorização do país
O Alentejo registou a maior valorização do país, com um aumento de 108% no volume de negócio, enquanto o número de vendas cresceu 32%, segundo os dados revelados recentemente pela Confidencial Imobiliário. Também na Área Metropolitana de Lisboa os municípios periféricos foram determinantes para o crescimento de 32% nas transações, acompanhadas de uma subida do preço médio para 338.797 euros.
O comportamento destes territórios traduz uma reconfiguração do mercado, com maior procura nas zonas onde ainda é possível encontrar soluções habitacionais ajustadas ao poder de compra das famílias. A descida da taxa de desconto e revisão acumulada, de -7,5% para -6,6%, é outro sinal de maior equilíbrio nas negociações.
“O ritmo e os novos focos da procura mostram-nos que é nas periferias metropolitanas e nas cidades de média dimensão que se está a construir o futuro do mercado habitacional — e é aí, também, que surgem hoje oportunidades de investimento com base em procura real e sustentável”, conclui o CEO da Century 21 Portugal.