Regresso das famílias ao centro histórico

A recente mobilidade resultante da globalização, o intercâmbio académico e forte crescimento do turismo levaram às cidades grandes fluxos de novos públicos, com diferentes visões sobre a forma de viver.No Porto, esse movimento foi ganhando dimensão e afirmou-se de forma definitiva nos últimos anos, após a realização de algumas obras estruturantes que, pese embora nem sempre consensuais, acabaram por ajudar a evidenciar a beleza arquitetónica da cidade, durante tantos anos ocultada pela degradação.A crescente procura turística na Baixa Portuense potenciou a reabilitação do ali edificado. Inicialmente com investimentos orientados para a restauração, hotelaria e comércio, surgiram recentemente novas iniciativas de investimento imobiliário na reabilitação dirigidas à residência permanente das famílias.A adesão das famílias ao novo paradigma habitacional é fundamental para que o Centro Histórico do Porto se volte a afirmar como espaço residencial e tenha massa crítica que permita consolidar a reabilitação do edificado de forma sustentada. Convém lembrar que um dos motivos que levaram as famílias a escolher viver nas áreas de expansão urbana foram os maiores níveis de qualidade e conforto oferecidos pelas habitações nas novas construções, quando comparados com os que tinham nas suas residências nos centros históricos.Por isto, a escolha dos centros históricos pelas famílias como espaço residencial prioritário só se afigura possível com oferta de excelência.

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