2022: o ano de afirmação dos novos paradigmas no setor imobiliário

O balanço de 2021 é muito positivo e prevemos que, em 2022, o mercado se mantenha dinâmico e este seja mais um ano de conquistas e sucesso para o setor. Mais do que nunca, será importante aproveitarmos os resultados positivos para ultrapassarmos alguns dos desafios que, apesar das previsões positivas, irão continuar a acompanhar o setor ao longo deste ano. O ano acabou de começar, mas mais empresas anunciaram modelos híbridos de trabalho, enquanto outras decidiram abandonar definitivamente o modelo tradicional. Assim, as previsões que fizemos em 2021 vão começar a materializar-se com maior expressão durante este ano. Estas alterações no mundo do trabalho terão impacto nos comportamentos e perceções dos clientes no setor imobiliário e, por consequência, na atividade do setor em geral. Por exemplo, o teletrabalho está a obrigar a que as esferas pessoal, profissional e familiar fiquem limitadas a um mesmo espaço. O poder disruptivo da pandemia nas nossas vidas e na forma como trabalhamos, irá prolongar-se para a sociedade do futuro.A própria conceção dos imóveis sofrerá alterações, ao nível da sua estrutura, conforto, energia, entre outros, e terá de responder às necessidades de quem passou a trabalhar a partir de casa e a conceber a sua definição de “lar” de uma forma distinta. Há um antes e um depois evidente no que toca à escolha da tipologia de residências. 2022 será também um ano forte para se afirmarem tendências no ramo da construção, como é o caso da sustentabilidade que começa a ter cada vez mais importância para os compradores. Em 2022, acreditamos que vamos assistir a uma maior procura de moradias, ou habitações para reabilitar, com maior enfoque na periferia de cidades. Na Zome, nos últimos meses, temos já vindo a constatar uma maior procura em zonas periféricas de grandes cidades como Porto, Braga e Lisboa. Antecipamos que, este ano, o ritmo de transações imobiliárias mantenha o dinamismo, e que o preço dos imóveis continue a registar uma ligeira subida. A procura também vai crescer, mas perante um desequilíbrio, com menor oferta disponível no mercado. Aqui, a construção terá um papel fundamental para o reforço da maior oferta imobiliária em Portugal. Também este ano, o elevado preço das matérias-primas continuará a ser um entrave à finalização dos projetos em curso, por isso em 2022, como até agora, é urgente que a maioria dos processos sejam simplificados, e menos burocratizados, para que se consiga contornar os atrasos nos licenciamentos e se atinja a harmonia que todos ambicionamos entre a oferta e a procura de habitação. O setor da mediação imobiliária continuará a desenvolver-se no ambiente digital e a posicionar Portugal como um dos países mais digitais neste ramo. Na Zome, continuaremos a desenvolver as plataformas digitais que nos distinguem, como a Zome Now – que permite que todo o processo, desde a visita até à compra, seja feita 100% à distância -, ou a Zome GO!, que permite ao proprietário que quer vender o seu imóvel iniciar o processo remotamente. Em 2022, a tecnologia continuará a ser uma ferramenta essencial para assegurar a resiliência do setor durante mais um ano que se afigura como desafiante. Este tipo de plataformas permitirá, por um lado, encontrar soluções personalizadas e responder às exigências de clientes cada vez mais digitais e, por outro, promover a segurança num período pandémico ainda imprevisível. As transformações impostas pela pandemia trouxeram alterações sem precedentes e implementaram tendências que estão a transformar o paradigma do setor. Sejam motivadas pelo teletrabalho, pelo impacto no poder de compra, ou até pelas ambições das novas gerações que começam a chegar ao mercado imobiliário, todas estas mudanças irão desafiar-nos continuamente. Se a mediação imobiliária já tem uma importância inquestionável, acreditamos que este ano vai voltar a provar-nos isso mesmo. Para 2022, escolhemos uma palavra: colaboração. Só juntos conseguiremos criar soluções que deem respostas a todos os desafios, no sentido de encontrar condições para aumentar o parque habitacional no país e demonstrar, mais uma vez, a necessidade de valorizarmos cada vez mais este setor que será novamente determinante para a recuperação da economia nacional.

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