De abril a junho, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1494 €/metros quadrados, correspondendo a uma taxa de variação homóloga de +17,8%. Face ao período homólogo, o preço mediano da habitação aumentou em todas as 25 sub-regiões NUTS III, revelou o Instituto Nacional de Estatística esta terça-feira.
O Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa registaram os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador: território nacional (respetivamente, 2 222 €/m² e 2 050 €/m² ) e estrangeiro (2 734 €/m² e 3 782 €/m²). No segundo trimestre de 2022, em sete dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes os preços desaceleraram: destaca-se Lisboa, com uma desaceleração de -6,1 p.p.
Em seis dos 11 municípios com mais de 100 mil habitantes da Área Metropolitana de Lisboa, verificou-se um aumento da taxa de variação homóloga, como é o caso de Loures (+8,8 p.p.). No Porto registou-se também um aumento da taxa de variação homóloga em quatro dos seis municípios com mais de 100 mil habitantes, destacando-se o Porto (+9,2 p.p.) e Matosinhos (+5,3 p.p.).
De acordo com o INE, «a análise da relação entre os preços de aquisição de habitação e as rendas de novos contratos de arrendamento (12 meses terminados no 2º trimestre 2022), sugere uma sobrevalorização relativa dos valores de arrendamento, face aos valores dos preços da habitação, na maioria dos municípios das áreas metropolitanas e, diversamente, uma subvalorização relativa das rendas na generalidade dos municípios do Algarve».
Esta análise de evolução da dinâmica dos mercados de arrendamento e de aquisição da habitação, constatou um crescimento relativo do mercado de transações face ao de arrendamento. Esta tendência foi manifestada na generalidade dos municípios da Área Metropolitana de Lisboa e do Algarve, mas não em 10 dos 17 municípios da Área Metropolitana do Porto, indica o INE.