Foi aprovado em reunião de câmara o projeto de urbanização e construção de habitação do Monte da Bela, nos terrenos do antigo Bairro de São Vicente de Paulo, em Campanhã, no Porto, com os votos contra do BE, PS, PAN e CDU.
Esta deliberação incidiu sobre a alienação de terrenos e imóveis inseridos na contrapartida do contrato, que pressupõe o direito de propriedade do adjudicatário sobre metade dos terrenos do Monte da Bela e sobre quatro lotes do Plano de Pormenor das Antas (PPA) para operação privada. Está em causa um investimento de, no mínimo, 16 milhões de euros.
Esta proposta prevê a criação de 232 fogos, e pelo menos metade dos quais deverão ficar na posse da autarquia para criação de arrendamento acessível, num modelo «em tudo idêntico ao do Bairro Rainha D. Leonor», descreve o município no seu website.
Respondendo às críticas da oposição, o autarca, Rui Moreira, defendeu que este projeto «não é só para pobres, é também para a classe média», e que se trata de promover «a mistura entre habitação social e habitação acessível», e de responder à «subida dos preços no mercado da habitação».
A CMP quer lançar o concurso público internacional «o quanto antes», mas estas habitações só deverão ser entregues dentro de «três ou quatro anos», segundo o autarca. O modelo de arrendamento ainda será decidido em nova reunião do executivo municipal.