O Programa de Arrendamento Acessível, criado pelo Governo em julho de 2019 com o objetivo de dar resposta à crise habitacional que já então se fazia sentir, continua a não convencer o mercado.
A estimativa do Governo era que o programa atingisse 20% do mercado, no entanto, este abrange hoje pouco mais de mil contratos, ou seja, 0,12% do total de contratos de arrendamento celebrados no parque habitacional privado, avança o Público, citado pelo Eco.
O Programa de Arrendamento Acessível, entretanto renomeado para Programa de Apoio ao Arrendamento (PAA), foi criado com o intuito de dar resposta à classe média com dificuldades em encontrar casas com rendas compatíveis com os seus rendimentos.
Nesse âmbito, o executivo liderado por António Costa propôs conceder uma isenção total de IRS sobre os rendimentos obtidos pelos proprietários que colocassem as casas no programa, com rendas 20% abaixo da mediana do mercado.
Todavia, de acordo com dados divulgados pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), foram celebrados 1.722 contratos desde o início do programa, estando apenas 1.060 em vigor, número pouco significativo face à dimensão total do mercado, representando cerca de 0,12% do total de contratos celebrados no mercado privado.