O estudo "O Parque Habitacional: Análise e Evolução 2011-2021", realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em parceria com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), aponta que o crescimento do parque habitacional abrandou entre 2011 e 2021, face a décadas anteriores.
Segundo o INE, no final de 2021, registaram-se aumentos de apenas 0,8% para os edifícios e 1,9% para os alojamentos familiares clássicos em relação a 2011. Este crescimento foi significativamente inferior ao observado em décadas anteriores. Em 2021, o parque habitacional português totalizava 3.573.416 edifícios, dos quais 49,8% foram construídos após 1980.
Dos 5.970.677 alojamentos familiares clássicos em 2021, 69,4% eram de residência habitual, totalizando 4.142.581 alojamentos. Nos alojamentos familiares clássicos, ocupados como residência habitual, predominavam os de quatro ou cinco divisões (61,6%). Na última década, essa tendência manteve-se, com 54,7% dos alojamentos construídos nesse período a apresentar a mesma configuração.
A proporção de alojamentos sobrelotados era de 12,7%. De acordo com o INE, entre 2011 e 2021 registou-se um aumento de 17,1% de alojamentos sobrelotados. Estima-se que em 2021 tenham sido concluídos 19.616 fogos em obras de construção nova e 3.906 em intervenções de reabilitação, representando, respetivamente, 83,4% e 16,6% do total de fogos concluídos.