A Câmara Municipal de Lisboa aprovou a Carta Municipal de Habitação de Lisboa, com «um ambicioso compromisso político para aumentar a oferta de habitação na cidade e inaugura uma década de forte investimento na política de habitação». O presidente da Câmara da capital, Carlos Moedas, diz que «alcançou-se um compromisso político histórico para investir mais de 900 milhões de euros em habitação, permitindo construir 3.000 novas casas públicas até 2028», lê-se na página oficial da Câmara Municipal de Lisboa.
O acordo vai, ainda, permitir «urbanizar terrenos públicos parados, como o Casal do Pinto e o Vale de Santo António, e destinar terrenos com capacidade para 500 casas em cooperativa, entre outras medidas essenciais», acrescenta o autarca de Lisboa.
Por sua vez, Filipa Roseta, vereadora da Habitação e Obras Municipais, afirma que «com a aprovação deste documento estratégico, Lisboa fica dotada de uma política de habitação audaciosa para os próximos 10 anos, que inclui a reabilitação de habitações vazias e lança uma onda de renovação dos bairros municipais, dotando-os de condições habitacionais e energéticas nunca antes garantidas».
Além da oferta de habitação pública, a Carta Municipal de Habitação de Lisboa lança as bases de um sistema assente nos pilares privado e em parceria para a oferta de habitação acessível. «Mapeámos um potencial de construção de 7.400 casas, das quais 3.000 com investimento totalmente público. Iremos disponibilizar as restantes 4.000 potenciais a parceiros de construção», destaca Filipa Roseta, sublinhando a necessidade de «se aumentar significativamente o número de casas acessíveis em Lisboa aproveitando esta oportunidade».
A vereadora acrescenta que «agora, temos todas as condições para fazer um verdadeiro choque de oferta de habitação, pondo toda a propriedade municipal com capacidade habitacional a uso, ao serviço das pessoas e das famílias».
O documento agora aprovado será ainda submetido a votação em Assembleia Municipal de Lisboa.