Câmara de Lisboa quer alienar sete terrenos municipais

Câmara de Lisboa quer alienar sete terrenos municipais
Fotografia de teojab, Pixabay.

Vai ser debatida esta terça-feira, na Câmara Municipal de Lisboa, uma proposta de alienação de sete terrenos municipais, avaliados em cerca de 70 milhões de euros. Esta proposta, subscrita pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e pela vereadora da Habitação, Filipa Roseta, será discutida em reunião privada extraordinária do executivo.

Em questão está a alienação em hasta pública de sete terrenos municipais, localizados nas freguesias do Lumiar (um terreno), Marvila (dois terrenos), Beato (três terrenos) e Penha de França (um terreno), num valor total de quase 70 milhões de euros, de acordo com uma proposta camarária à qual a agência Lusa teve acesso, citada pela RR.

Com esta operação, a autarquia pretende, através da rentabilização destes ativos imobiliários, obter o financiamento necessário para realizar alguns investimentos na área da habitação. Entre esses investimentos habitacionais estão o bairro da Liberdade, encosta de Campolide, Casal do Pinto e Portugal Novo, representando um total estimado superior a 700 habitações e um investimento de 100 milhões de euros.

Filipa Roseta, em declarações ao mesmo meio, sublinhou que a alienação destes terrenos vai ocorrer em zonas da cidade onde irá também «haver muito investimento público», sendo o objetivo «diversificar a oferta» e combater a «guetização». A vereadora adianta que «nós queremos sempre em todas as zonas da cidade todo o tipo de investimento, público, privado e cooperativo, idealmente. No fundo, o que nós estamos a tentar fazer nestes territórios é equilibrar com algum investimento privado».

Uma das zonas que a autarquia lisboeta pretende ver intervencionada é a das Olaias, na freguesia da Penha de França, onde será alienado um terreno de mais de 60 mil metros quadrados, para usos de habitação, comércio, serviços e equipamentos de utilização coletiva. «A zona das Olaias é uma zona da cidade que tem ficado esquecida. Queremos mesmo uma injeção de investimento naquela zona, público e privado, que consiga realmente tornar aquela zona uma coisa muito melhor», referiu.