2023 foi um ano marcado por um abrandamento nos aumentos das rendas em toda a Europa, confirma o International Rent Index por Cidade da HousingAnywhere, relativo ao último trimestre do ano.
As taxas de aumento anuais (YoY) têm vindo a diminuir a cada trimestre, e o ano fecha com o valor mais baixo, de 5,8%, revela o índice, adiantando também uma variação trimestral de -0,6%, após o aumento habitual das rendas registado no terceiro trimestre do ano, devido ao facto de ser a época alta da mobilidade dos estudantes internacionais e dos jovens profissionais.
Lisboa regista maior variação trimestral nos apartamentos
Nas cidades portuguesas, Lisboa registou a maior variação trimestral nos apartamentos, -15,8%. Os quartos também seguem a tendência negativa, com -5%, sendo que somente os estúdios viram uma subida nos preços das rendas, que se fixou nos 6,4%. Já no Porto, observou-se, no mesmo período, as rendas dos apartamentos descerem 15%. Os quartos não sofreram alterações, e os estúdios apontam uma variação de 28,4%.
Quanto à variação anual dos preços das rendas de apartamentos, a capital portuguesa viu um decréscimo de -11,3%. No entanto, os quartos e os estúdios aumentaram 14% e 37,5% face ao período homólogo, respetivamente. A Invicta registou um aumento ano após ano em todos os tipos de imóveis. Os apartamentos estão 16,9% mais caros, os quartos aumentaram 6,5%, e os estúdios 11,9%.
«Ao nível europeu, o aumento anual do preço das rendas registado neste trimestre é o aumento de preços mais baixo a que assistimos desde os 3,8% do 3.º trimestre de 2021, o que indica uma evolução positiva relativamente à acessibilidade da habitação na Europa», salienta Djordy Seelmann, CEO da HousingAnywhere.
“Para que esta tendência se mantenha, será fundamental resolver os desafios da oferta de habitação nos destinos mais procurados da Europa em 2024”
Analisando o panorama europeu, relativamente aos quartos, Amesterdão lidera como a cidade com o preço mais elevado, com 940 euros, seguida à distância por Colónia (850 euros), Munique (850 euros) e Haia (820 euros). Pelo contrário, as cidades tradicionalmente menos caras neste tipo de propriedade registam alguns dos maiores aumentos de preços anuais. Por exemplo, Lisboa (14%), Florença (13,2%), Roma (11,3%) e Valência (7,1%) demonstram como as cidades estão a recuperar os preços à medida que a crise pan-europeia do arrendamento de habitação continua.
Lisboa regista maior aumento de preços anuais para estúdios
No que toca aos estúdios, Munique é a cidade com o preço mais elevado, 1.570 euros, seguida de Utreque (1.425 euros), Hamburgo (1.418 euros) e Paris (1.351 euros). À semelhança da tendência para os quartos, Valência e Lisboa, com rendas de 900 euros e 1.100 euros, respetivamente, registaram os maiores aumentos de preços anuais para estúdios, com um aumento de 48,8% para Valência, seguida de Lisboa (37,5%). Bruxelas (803 euros), Turim (720 euros) e Budapeste (600 euros) são as cidades mais acessíveis para este tipo de imóvel.
Porto regista aumento anual mais acentuado para os apartamentos
Relativamente aos apartamentos, a capital portuguesa, que no segundo trimestre era a cidade mais cara, cai agora para a oitava posição. As cidades do sul da Europa, Valência, Porto e Madrid, registaram os aumentos anuais mais acentuados para os apartamentos, com 18,2%, 16,9% e 15,5%, respetivamente.