CML promete «adaptar-se ao volume de investimento» imobiliário

CML promete «adaptar-se ao volume de investimento» imobiliário

 

 

A promessa foi feita pelo autarca, Fernando Medina, durante a abertura da Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa, que terminou este fim-de-semana, segundo o qual a autarquia fará «um reforço dos recursos humanos na área do licenciamento e urbanismo. Contamos que até ao final do 1º semestre possamos ter a digitalização integral de todos os processos».

Segundo Medina «estamos muito atentos à necessidade que a câmara tem de se adaptar», assumindo que «os custos de contexto são um problema grave do setor, nomeadamente a ausência de resposta, demoras e processos».

Apontando «a importância que regras claras têm no investimento, temos consciência que temos muito a melhorar». E recorda que «há poucos anos o volume de reabilitação e investimento na cidade chegavam a 100 milhões de euros, e praticamente multiplicou por sete hoje em dia», ao passo que «os recursos humanos a tratar dos processos reduziram-se em 1/3. Temos de recompor esta equação».

A câmara pretende, assim, «dar uma resposta credível e de confiança para que todos os que trabalham na reabilitação urbana sintam que têm na câmara um parceiro à altura do desafio».

 

Câmara regista a dívida mais baixa desde 2002

Em 2017, a CML registou o valor de dívida mais baixo desde 2002, graças ao impulso do imobiliário e do turismo na cidade, num total de 472 milhões de euros. Levou a cabo «o maior volume de investimento realizado no século XXI», cita o Eco.

Segundo a autarquia, que apresentou contas esta 2ª feira, o investimento camarário somou os 156 milhões de euros no ano passado, mais 18% que no ano anterior, e mais 110% que em 2011, no pico da crise.

As receitas somaram os 718 milhões de euros, 75% respeitantes a impostos e taxas, mas a câmara garante que este aumento não representou qualquer aumento na política fiscal, e sim à «dinâmica económica da cidade».

Só o IMT rendeu 245,5 milhões de euros à autarquia, mais 47,9% que no ano anterior. A taxa turística chegou aos 18,5 milhões de euros, mais 6 milhões que em 2016.