Na primeira metade do ano, verificou-se uma recuperação robusta e consistente no mercado de retalho, destacando-se como um dos setores mais dinâmico no mercado imobiliário nacional. É o que revela a edição semestral do Prime Watch, da B. Prime.
A diversificação dos formatos comerciais é uma das principais tendências que marcam esta fase de recuperação. O retalho de rua (high street) representa 51% das novas aberturas, consolidando-se como formato preferencial para marcas que procuram proximidade e maior exposição ao consumidor. Seguem-se os centros comerciais, que respondem por 21%, evidenciando uma requalificação contínua destes espaços para responder às novas exigências do mercado.
A consultora destaca também o crescimento sustentado de retail parks, que correspondem a 71% da área total dos projetos em pipeline até 2026. Este formato tem ganho relevância por oferecer soluções comerciais que combinam acessibilidade e diversidade de oferta, respondendo às transformações nos hábitos de consumo.
O interesse do mercado em Portugal tem sido impulsionado pela expansão de marcas internacionais, que estão estrategicamente posicionadas em diferentes tipos de espaços comerciais. A procura continua ativa, com especial destaque para a entrada de novas insígnias no país e a abertura de diversas lojas low cost que lideram o ranking de áreas ocupadas em território nacional.
B. Prime prevê fecho de ano acima dos 3.000 milhões de transações
Esse dinamismo reflete-se também no investimento, onde o retalhou predominou nas operações, tornando 2025 um ano que será seguramente muito positivo, senão um dos anos mais positivos, no mercado imobiliário comercial. A B. Prime estima que se encerre este ano com valores acima dos 3.000 milhões de euros de transações.