Natal não compensa prejuízos dos centros comerciais

Natal não compensa prejuízos dos centros comerciais

António Sampaio de Mattos, Presidente da Associação Portuguesa de Centros Comerciais, admitiu à TSF que este foi um Natal para esquecer, explicando que «houve alguma recuperação em dezembro, a queda não foi tão acentuada como nos meses anteriores. Mas, mesmo assim, não resolve nenhum dos grandes problemas que o comércio e os centros comerciais têm sentido ao longo dos últimos meses, com a diminuição do tráfego», resultado das medidas restritivas de combate à pandemia. O responsável lembra que o rácio permitido é de 5 pessoas por 100 metros quadrados no interior das lojas, e que muitos clientes não esperam para fazer compras.

António Sampaio de Mattos acredita que o período de saldos, que se prolonga ao longo do mês de janeiro, pode continuar a atrair clientes às lojas: «prevemos que o fluxo às lojas vá continuar, mas também sabemos que em janeiro as pessoas têm a carteira um pouco mais leve, por causa das compras no Natal».

Vendas de Natal descem

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição revelou esta terça-feira que as vendas de Natal desceram em 2020. O vestuário e o calçado foram as áreas que mais sentiram este impacto.

Mantém-se a esperança para o setor com o período de saldos, revela o diretor geral da APED, Gonçalo Lobo Xavier: «sabemos que o estado anímico dos portugueses não é muito famoso, o período de Natal foi difícil, e vamos continuar a ter restrições», refere em declarações à Antena 1.

Vendas em novembro descem 5,1%

Em novembro, o Índice de Volume de Negócios no Comércio a Retalho afundou para os -5,1% face a igual mês de 2019, o que compara com a variação de 0,4% de outubro. A descida é de 3,2% na variação em cadeia.

Segundo o INE, nesse mês os produtos não alimentares registaram uma contração homóloga da atividade de -9,7% (-3,4% em outubro), e os alimentares subiram 1,1%, desacelerando face aos 2,2% de outubro.