Realiza-se no próximo dia 11 de outubro a APCC Summit, o congresso da Associação Portuguesa de Centros Comerciais, no LX Factory, em Lisboa, sob o mote “NextGen Retail Ecosystem”, aquele que será o «momento cimeiro da atividade da APCC e da agenda do setor dos centros comerciais» em Portugal.
Em entrevista à Vida Imobiliária, media partner do evento, Carla Pinto, diretora executiva da APCC, avança que «o objetivo é reunir líderes do setor, nacionais e internacionais, retalhistas, fornecedores, empresas globais e iniciativas inovadoras em torno da análise das tendências mundiais do retalho organizado, novos padrões de consumo, o papel da tecnologia, o imperativo da sustentabilidade, desafios e oportunidades». Assim como «inspirar os líderes, os investidores, os retalhistas, e outras partes interessadas a transformar a forma como abordamos o setor para que, em conjunto, criemos um ecossistema mais sustentável, imersivo e inclusivo».
«O objetivo é reunir líderes do setor, nacionais e internacionais, retalhistas, fornecedores, empresas globais e iniciativas inovadoras em torno da análise das tendências mundiais do retalho organizado»
Este ano, a APCC Summit será «essencialmente focada na experiência do consumidor. Com a assinatura “More Than Shopping, The Future Is Experience”, explorar-se-á o papel fundamental que a criação de experiências integradas, envolventes e centradas nas pessoas terão na transformação dos espaços e no desenvolvimento da indústria», explica Carla Pinto. Contará com a participação de keynote speakers de reputação mundial e especialistas nas matérias a debater, como Daniela Braga e Howard Saunders, Carl Boutet, Kai Herzberger, Eric Chemouny, Crispin Lowery, Thomas Deloison, entre outros.
Serão também explorados temas como a versatilidade dos espaços de retalho organizado, «que são mais do que espaços de compras, contando com uma oferta alargada de serviços, lazer bem-estar, cultura, que são lugar de encontro de pessoas e grandes impulsionadores da regeneração das cidades», assim como a sustentabilidade, que aliás está na ordem do dia, «enquanto vantagem competitiva dos intervenientes deste ecossistema». O papel da tecnologia e da inteligência artificial na experiência do consumidor, a nova jornada do cliente e as estratégias omnichannel estarão também em destaque neste evento.
Serão apresentadas as tendências mundiais nas diferentes áreas que impactam os diferentes intervenientes. Será «um momento crucial para ficarmos a conhecer as ferramentas de que dispomos para antecipar o comportamento e necessidades do consumidor, das comunidades, da economia nacional e mundial, bem como a evolução da regulamentação em diferentes matérias por forma a antecipar o futuro do retalho organizado, garantido uma mais rápida adaptação e a atratividade destes espaços», explica a responsável da APCC.
Desafios da tecnologia, sustentabilidade e responsabilidade social estarão em destaque
Este evento será um momento privilegiado para debater e aprender mais sobre os principais desafios do setor do retalho e dos centros comerciais em particular. «As empresas deste ecossistema têm de se adaptar constantemente, inovar e antecipar as mudanças nas preferências do consumidor».
Carla Pinto recorda que «temos assistido a uma transformação acelerada do setor do retalho organizado, impulsionada principalmente pela tecnologia e pela mudança nas preferências do consumidor. À medida que a tecnologia continua a evoluir a um ritmo acelerado, as empresas do setor enfrentam o desafio constante de se adaptarem e dar resposta às necessidades e preferências dos consumidores. A integração de novas tecnologias, como a inteligência artificial, realidade aumentada e automação, tornou-se imperativa para proporcionar experiências de compra mais convenientes e personalizadas».
Mas nem só da tecnologia se fazem os desafios, também se prendem com as questões da sustentabilidade ou da responsabilidade social: «tendo em conta as alterações climáticas e os compromissos estabelecidos a nível mundial, a regulamentação que tem vindo a ser produzida nesta área é de grande exigência. Deparamo-nos também com consumidores cada vez mais conscientes do impacto ambiental e social das suas escolhas, tornando os temas da sustentabilidade e responsabilidade social fundamentais para a estratégia das empresas do setor», diz Carla Pinto.
Centros comerciais são cada vez mais “locais de experiência e conveniência”
«Os centros comerciais de hoje não são simples locais de transação e consumo», recorda Carla Pinto, «têm, cada vez mais, uma oferta diversificada de serviços, desde a saúde ao lazer, ao entretenimento e à cultura. São locais de experiência e conveniência completamente focados nas necessidades das pessoas, um ecossistema agregador de comércio e atividades que têm desempenhado um papel central nas dinâmicas das comunidades a nível social e económico».
É por isso que os centros comerciais «têm vindo a investir no desenvolvimento de espaços multiusos, onde as pessoas têm escritórios, lojas, entretenimento, ginásios, hospitais, entre outros. Os centros comerciais são em si pequenas cidades. São locais de convívio para ficar e fazer parte», e é neste sentido que o setor «tem tido uma capacidade ímpar de adaptação».
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