Centros comerciais representam 38% das vendas do comércio a retalho

7% do total do emprego nacional.
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Os centros comerciais representaram 38% das vendas do comércio a retalho em Portugal em 2022, empregando cerca de 368.000 pessoas, o que equivale a 80% da força de trabalho do comércio a retalho e 7% do total do emprego nacional. É o que revela um estudo desenvolvido pela CBRE e a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC).

Este estudo revela que os centros comerciais evoluíram ao longo das décadas, sendo que hoje são o resultado de uma crescente evolução no sentido de se adaptarem às novas realidades sociais e económicas.

Apesar do crescimento acentuado do e-commerce, os consumidores portugueses têm ainda preferência pela experiência presencial, sendo que em 2022 as compras online totalizam 4.169 milhões de euros (8%), e as compras em loja representam 47.306 milhões (92%).

Vendas no retalho organizado em 2023 superaram os números pré-pandemia

Em termos de desempenho, as vendas no retalho organizado em 2023 superaram os números pré-pandemia de 2019, mas também os de 2022, com um aumento de 10% em relação a 2019 e 11% em relação a 2022, denotando assim uma tendência positiva nas vendas. O estudo destaca o crescimento das vendas a clientes estrangeiros, representando 12% do total em 2023, um aumento de 7% em relação a 2022.

Além disso, as transações nos centros comerciais ocorrem principalmente durante os fins de semana (34%) e durante o período pós-laboral (39%). Considerando o contexto europeu, e o ano 2023, o estudo mostra que o investimento em retalho organizado representou 45% do investimento total em imobiliário de retalho.

Em 2023, Portugal registou um aumento significativo de footfall nos centros comerciais, com um crescimento de 10% quando comparado com o ano anterior, totalizando mais de 600 milhões de visitantes. O setor conta com mais de 3.8 milhões de metros quadrados de área brutal locável em Portugal, distribuídos por 173 centros comerciais em operação.

O estudo da CBRE e APCC prevê «um futuro de prosperidade e inovação para o setor de centros comerciais em Portugal, impulsionado pela resiliência e adaptabilidade demonstradas ao longo dos anos e que se espera que se mantenha».