A Ceetrus, proprietária e gestora dos centros comerciais Alegro e do Sintra Retail Park, emitiu um comunicado lamentando «profundamente a aprovação da retroatividade da lei das rendas fixas em centros comerciais, considerando-a uma violação da liberdade de iniciativa económica privada, enquanto defende a imediata fiscalização da sua constitucionalidade».
Fazendo referência às últimas declarações da Associação Portuguesa de Centros Comerciais, «a Ceetrus Portugal alinha-se com o setor e faz um apelo ao Presidente da República, ao qual acaba de endereçar uma carta aberta, para que seja solicitada urgentemente a fiscalização da constitucionalidade da lei agora aprovada».
A empresa considera que «para além de existir uma desproporcionalidade da dimensão dos descontos impostos por esta lei, a mesma representa uma violação do direito à propriedade privada. É com surpresa e preocupação que a Ceetrus Portugal regista a aprovação desta lei». E avisa que esta legislação, «associada aos demais acontecimentos, pode colocar em causa a sua estratégia de investimento para os próximos anos em Portugal, que se estima vir a ascender a 400 milhões de euros e a criar mais de 3.000 postos de trabalho associados».
A Ceetrus lembra ainda que, ao longo da sua presença de mais de 20 anos em Portugal, «tem contribuído para construir esta indústria com consecutivos investimentos e um forte empenho em assegurar a sua resiliência mesmo perante o contexto de pandemia, trabalhando continuamente com os seus lojistas para minimizar o impacto desta situação imprevisível na sua atividade, tendo inclusivamente acertado as condições com 90% dos lojistas para o período em causa».