Esta quinta-feira, a Câmara Municipal de Lisboa deu luz verde ao projeto de arquitetura deste empreendimento, que promete agora reabilitar esta zona histórica da capital, tornando-a num novo espaço comercial. Segue-se o licenciamento das especialidades.
André Caiado, da Contacto Atlântico, atelier que assina o projeto, comenta que «foi aprovado em 12 meses, porque reflete uma estratégia conciliadora entre os interesses das várias partes envolvidas, DGPC, CML e promotor». E completa que «o Rossio Pombalino é uma oportunidade única de revitalizar as duas praças: Rossio e praça da Figueira. Num local onde desde 1970, não houve intervenções relevantes, mas apenas degradação».
Em comunicado, a promotora refere que o Rossio Pombalino será «devolvido à sua configuração original, de acordo com o Cartulário Pombalino», designação da documentação produzida pelo gabinete técnico da Casa do Risco das Reais Obras Públicas de Lisboa, no âmbito do Programa de Recuperação Urbanística pós-terramoto de 1755, que determina a obrigatoriedade de edificar conforme o estipulado.
Este conjunto de edifícios será exclusivamente ocupado por espaços comerciais, incluindo uma loja âncora. A intenção passa por «atrair movimento e vida para a zona, contribuindo de forma ativa para a revitalização do coração do Rossio e do centro da capital». Será mantida a loja histórica Pérola do Rossio.
Patrícia Rodrigues, responsável pela promoção do projeto, explica em comunicado que «o nosso intuito é o de reabilitar, respeitar e preservar a memória dos espaços mais icónicos e identitários do edifício, assumindo uma intervenção fiel à memória dos elementos originais e mantendo aqueles em que é reconhecível valor arquitetónico e patrimonial».
«Será possível trazer este quarteirão de novo à cidade, adaptando-o após uma minuciosa reabilitação e dinamizando-o através de espaços comerciais de qualidade, inseridos no centro nevrálgico da capital», completa a responsável.
O projeto de arquitetura está a ser desenvolvido em parceria com uma equipa de historiadores, arqueólogos, engenheiros e advogados. A CBRE estará encarregue da comercialização destes espaços comerciais, que deverão estar prontos a ocupar em 2023.
O trabalho está detalhado numa exposição pública localizada à volta do quarteirão, e pode ser vista pelos interessados. «O desafio não foi só a reabilitação do edifício para a sua génese pombalina, mas também a criação de meios de comunicação direcionados aos cidadãos de Lisboa, como a exposição presente no tapume e o vídeo acessível através de um QR Code na mesma exposição», completa a Contacto Atlântico.
A JCKL Portugal – Investimentos Imobiliários, Lda., detida a 100% por um Global Family office internacional, adquiriu este quarteirão em fevereiro de 2018 por cerca de 62 milhões de euros.
Vídeo: Contacto Atlântico
Imagens e vídeo: Mirage VR
Atualização às 14h21 de 13 de novembro com mais informações