No bairro histórico de Lisboa vão ser criados 45 apartamentos, que vão integrar o programa de arrendamento municipal destinado a jovens e famílias de rendimentos médios. Os valores de renda não poderão ultrapassar 1/3 do rendimento líquido do agregado familiar.
Inicialmente, este quarteirão ia transformar-se num silo automóvel, mas o projeto foi alterado para habitação depois do chumbo da DGPC. A ideia da autarquia passa agora por respeitar a «memória histórica» do Bairro Alto como «bairro dos jornais e do jornalismo». Vai também ceder os espaços comerciais a «projetos independentes e associativos na área do jornalismo e produção de conteúdos», referiu o autarca, Fernando Medina, na apresentação do projeto, esta quarta-feira.
Citado pelo Público, referiu que «este projeto será emblemático da cidade de Lisboa e da nova política de habitação. O que nós aqui conseguimos fazer é mobilizar património municipal, reabilitar edifícios que estão abandonados, sem uso, e inseri-los numa estratégia de qualificação, de revitalização de uma zona com a história, com a importância que tem o Bairro Alto».
O projeto de arquitetura está a ser finalizado, e o concurso para a obra deverá ser lançado no próximo ano. Não há ainda data para o início da construção.
No seu site, a CML revela que o Bairro Alto será também alvo de uma requalificação integral do espaço público, promovida pela Junta de Freguesia da Misericórdia e pela Associação de Comerciantes do Bairro Alto, mais uma forma de captar habitantes residentes, numa freguesia que perdeu cerca de 3.000 habitantes desde 2013, segundo a autarquia.
Na ocasião, Medina avançou também que vão avançar projetos camarários como a construção da Unidade de Saúde Familiar da Ribeira Nova, da Escola Básica Passos Manuel e o prolongamento da linha de elétrico 24 até ao Cais do Sodré.