O programa Casa Eficiente 2020 disponibiliza 200 milhões de euros para a melhoria da eficiência energética em obras de reabilitação nas habitações. Perante as taxas de juro em causa, a ANFAJE mostra-se «preocupada» com o sucesso do programa, já que «o número de intervenções financiadas pelo programa é mínimo, o que no entender da ANFAJE, pode ocorrer devido às elevadas taxas de juro definidas pelos bancos, com valores de juros muito próximos ou mesmo superiores às soluções de financiamento de crédito ao consumo».
Em comunicado de imprensa, nota que «de acordo com as últimas notícias, o programa Casa Eficiente 2020, financiado pelo BEI, tem despertado um enorme interesse nos portugueses, o que é demonstrado pela crescente quantidade de simulações de possíveis candidaturas efetuadas no portal do Programa. Caso as candidaturas simuladas fossem devidamente financiadas, tal corresponderia a milhares de intervenções de melhoria das condições de conforto das habitações. No entanto, tal não se está a verificar, apesar do esforço de divulgação por parte das empresas do nosso setor».
João Ferreira Gomes, presidente da associação, comenta que «é urgente rever a estratégia de execução do Programa Casa Eficiente 2020, nomeadamente tendo em conta a redefinição de taxas de juro bonificadas, comunicadas de forma clara e de valor reduzido face às soluções existentes nos Bancos».
Acrescenta ainda que «as entidades envolvidas na operacionalização devem ter interesse no seu sucesso e devem fazer todos os esforços no sentido da correção da situação atual. Depois de anunciados juros baixos que facilitassem o acesso ao crédito para fazer as obras de melhoria, não são aceitáveis os valores das taxas de juro apresentadas pelos bancos aderentes».