Lisboa está no topo da lista para as empresas que pensam abrir escritório em Portugal, e a zona prime da cidade é a mais apetecível.
Esta é uma das conclusões do estudo “Where do Companies Want to Be?”, da Savills, que analisa a performance do mercado ocupacional de escritórios nos últimos 5 anos.
Alexandra Portugal Gomes, Head of Research da Savills Portugal, afirma em comunicado que «há vários anos que o Estudo de Migração de Empresas se tornou uma marca Savills e é sempre muito interessante poder analisar quais são as zonas preferenciais dos ocupantes e os fatores que pesam mais no processo de tomada de decisão. Lisboa é uma cidade completa, cada vez mais internacional, sustentada por um incrível conjunto de fatores atrativos, que permitem que todas as zonas de mercado acabem por ser escolhas exequíveis consoante o perfil do ocupante».
A capital está no 12º lugar na tabela das cidades mais inovadoras da União Europeia no Índice Europeu de Inovação. Para as empresas, destaca-se também pelas políticas ambientais, tendo sido nomeada Capital Verde Europeia em 2020 e pela redução de emissões e do consumo de água. A mobilidade é outro dos fatores distintivos.
Entre 2013 e 2019, o número de empresas não-financeiras na Área Metropolitana de Lisboa aumentou 25%, crescimento que tem por base o investimento que tem sido feito na região nas áreas da inovação, comércio e investigação, entre outras. É atualmente uma das cidades europeias mais procuradas para instalação de empresas com forte foco sobre tecnologia e I&D.
Entre 2016 e 2020, cerca de 40 novas empresas no setor das Tecnologias da Informação instalaram-se em Lisboa. Mercedes Benz.io, a Volkswagen Digital Solutions, a Critical Techworks (parceria entre BMW e Critical Software) e a tb.lx (Grupo Daimler) são alguns exemplos de outras empresas que escolheram a capital para instalar os seus centros de competências.
Por outro lado, os cerca de 100 espaços de coworking espalhados pela cidade continuam a «alimentar o ecossistema fortemente empreendedor» da cidade, destaca a consultora.
O estudo da Savills analisou também os movimentos migratórios entre as várias zonas da cidade, com base em 105 operações, e concluiu que entre 2020 e o 3º trimestre de 2021, 28% das empresas que ocuparam escritórios vieram das zonas Prime CBD (28%), CBD (20%) e Parque das Nações (15%), sendo que a Prime CBD tem a maior “lealdade”, com 62% das empresas que fecharam operações neste período a provirem dessa mesma zona. Seguem-se o Parque das Nações, com 39%, e o Corredor Oeste.
A relocalização de negócios representou 66% do volume total de absorção de espaços de escritórios no ano passado, estando entre os principais destinos o Parque das Nações, com 27%, o Corredor Oeste, com 19%, e o Prime CBD, com 18%. 21% do volume colocado diz respeito a empresas que expandiram a sua atividade. As zonas do Corredor Oeste (53%) e do CBD (16%) destacaram-se.
Em janeiro de 2022, o mercado de escritórios de Lisboa registou um volume de take-up de mais de 13.000 metros quadrados, um aumento significativo face aos 2.000 metros quadrados de igual mês de 2021. A retoma económica depois da pandemia permite antever a chegada de novas empresas estrangeiras a Portugal, e Lisboa vai continuar no topo das preferências, com novos projetos a chegar ao mercado.