Turismo: proveitos aumentam em 2022 e superam níveis pré-pandemia

Turismo: proveitos aumentam em 2022 e superam níveis pré-pandemia
Fotografia de Alice, Unsplash.

Os proveitos totais do alojamento turístico, em 2022, mais do que duplicaram comparativamente a 2021, assim como ultrapassaram o ano recorde de 2019.

De acordo com os dados disponibilizados pelo INE, no conjunto do ano de 2022, os proveitos totais do setor do alojamento turístico cresceram 114,7% e 117,0% nos relativos a aposento, quando comparado a 2021. Comparando com igual período de 2019, verificaram-se aumentos de 16,5% e 17,7%, pela mesma ordem.

O INE indica que, em 2022, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento. Os proveitos totais na hotelaria aumentaram 15,2% e os de aposento cresceram 16,4%, face a 2019. Nos estabelecimentos de alojamento local verificaram-se aumentos de 14,5% e 15,6%, a passo que no turismo no espaço rural e de habitação os crescimentos atingiram 64,6% e 62,4%, pela mesma ordem.

No acumulado de 2022, contabilizaram-se 26,5 milhões de hóspedes e 69,5 milhões de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico nacionais, correspondendo a crescimentos de 83,5% e 86,3% face a 2021.

Apesar da subida face a 2021, este aumento não foi suficiente para atingir os níveis pré-pandemia, ficando 0,9% abaixo dos valores de 2019, refletindo a diminuição das dormidas de não residentes (-5,0%), indica o INE.

Comparativamente a 2019, os proveitos totais no conjunto de 2022 registaram a maior subida na Madeira (29,8%) e as menores subidas no Centro e Área Metropolitana de Lisboa (9,3% e 11,5%).

Madeira
Madeira

Em 2022, observaram-se aumentos nas dormidas de residentes em todas as regiões, face a 2019. Nas dormidas de não residentes, os principais crescimentos verificaram-se na RA Açores (+5,1%), RA Madeira (+4,5%) e Norte (+4,3%) e, em sentido contrário, as maiores diminuições observaram-se no Centro (-13,1%) e Algarve (-11,3%).

De referir que, face a 2019, Funchal e Porto superaram os níveis do ano pré-pandemia nas dormidas de residentes e de não residentes: a capital madeirense representou 8,1% do total de dormidas em 2022, um acréscimo de 12,7% face a 2019, e a Invicta registou 4,8 milhões de dormidas em 2022 (6,9% do total), num aumento de 4,4% face a 2019.

Lisboa registou a maior parte das dormidas de 2022: a capital somou 13,3 milhões de dormidas (19,1% do total), ainda assim com um decréscimo de 4,8% face a 2019.

No conjunto do ano 2022, o RevPAR atingiu 56,2 euros e aumentou 72,5%. Neste período, este indicador registou crescimentos de 74,8% na hotelaria, 81,6% no alojamento local e 18,8% no turismo no espaço rural e de habitação, indica o INE.

Dezembro contribuiu para os bons resultados de 2022

O último mês do ano foi positivo para os resultados atingidos em 2022. De acordo com os dados do INE, em dezembro verificaram-se 252,2 milhões de euros de proveitos totais e 176,8 milhões de euros de proveitos de aposento, valores que representam aumentos de 65,4% e 64,2%, respetivamente, face a dezembro de 2021.

Em dezembro do ano passado, os proveitos totais apresentaram um acréscimo de 22,9% e os proveitos por aposento cresceram 25,5%, em comparação com dezembro de 2019. Em dezembro, o RevPAR situou-se em 33,1 euros. As regiões com os valores mais elevados foram a Área Metropolitana de Lisboa (53,4 euros) e a Madeira (49,6 euros).

O setor do alojamento turístico, no último mês de 2022, registou 1,6 milhões de hóspedes (+44,2%) e 3,7 milhões de dormidas (+44,6%), correspondendo a 252,2 milhões de euros de proveitos totais (+65,4%) e 176,8 milhões de euros de proveitos de aposento (+64,2%). Comparando com o mesmo mês de 2019, registaram-se aumentos de 22,9% nos proveitos totais e 25,5% nos relativos a aposento.