Setor da hotelaria de luxo "vai continuar a crescer" em Portugal

É evidente que um dos setores mais afetados pelas restrições da pandemia foi o setor do turismo. No entanto, as estatísticas constatam que a recuperação é também notória neste setor: no mês de agosto registaram-se os valores mensais mais elevados desde que há registo, no que diz respeito ao alojamento turístico. O setor da hotelaria de luxo é um exemplo disso: é «o setor que mais cresce e que vai continuar a crescer».As palavras são de Mónica Gonçalves, diretora-geral do Hilton Porto Gaia, que revelou em entrevista à Vida Imobiliária, que «quem tem realmente poder de compra, quer serviço, quer qualidade e vai continuar a pagar para tê-lo». Ao comentar sobre o primeiro ano de operação do Hotel Hilton Porto Gaia, que celebrou um ano a 23 de setembro, a responsável pelo hotel de luxo assinala que «o balanço é extremamente positivo. Quer a nível de resultados operacionais, quer a nível de brand awareness e posicionamento no mercado. Notamos um crescimento no nosso posicionamento, com um constante pedido de disponibilidade para grandes eventos nacionais e internacionais».Ao ser questionada sobre se por conta da pandemia o perfil dos viajantes foi ou não transformado, por conta das transformações ocorridas no setor, Mónica Gonçalves revela que «sentimos que o cliente está atento a outros pormenores. O cliente procura experiências, descobrir o local onde fica hospedado, procura autenticidade. E esta autenticidade está, não só no hotel ou no local onde fica, mas essencialmente nas pessoas. Temos de entregar autenticidade ao cliente. Devemos ser genuínos e ter uma preocupação, mais uma vez genuína, para com o cliente». Para a responsável há «uma equipa que genuinamente está aqui para receber, para que o cliente se sinta em casa e que a experiência que vive connosco seja muito especial. Para isto todo o detalhe conta. Antecipar as necessidades do cliente, ir mais além Acompanhamento das equipas para que entendam esta necessidade. Que vivam a verdadeira noção de Hospitalidade».Atenta ainda para fatores como a sustentabilidade, salientando que «as boas práticas e preocupações do hotel são tidas em conta. Mas isto tem de ser a grande revolução na mentalidade de cada um de nós e não apenas do negócio em si», acrescentando que «temos toda uma política de redução da nossa pegada, desde a redução do consumo de papel, de água, de reciclagem, até uma preocupação com a comunidade que nos rodeia».Relevância do nómada digital para o setor de luxoPara a diretora-geral do Hilton Porto Gaia, o nómada digital «faz parte desta nova forma de estar e viver» e «as empresas tiveram de se adaptar e os indivíduos também». Mónica Gonçalves aponta também que «temos muitas pessoas que podem vir para uma cidade e trabalhar enquanto a conhecem e descobrem. O que devemos fazer como hotel é ter toda a tecnologia preparada para que a sua estada seja o mais confortável e fácil possível. Ao mesmo tempo temos de adaptar a forma como comunicamos, como promovemos, como vendemos. Não deixa de ser um cliente de negócios que tem de ter todas as infraestruturas necessárias para as suas reuniões».«Sendo uma marca internacional, com a força da Hilton, é notória a influência da marca», refere a responsável pelo Hilton Porto Gaia. A marca Hilton «contribui para o crescimento da região», sendo que «o cliente Hilton é fiel à marca. Fica onde estiver a marca Hilton. O sentimento de confiança é fortíssimo e notamos isso nos pedidos de eventos internacionais», completa Mónica Gonçalves.

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