O crescimento do valor mediano das rendas de habitação acelerou no último trimestre de 2021 para 8,3%, face a igual trimestre do ano anterior, acima dos 7,6% registados no 3º trimestre.
De acordo com as Estatísticas de Rendas de Habitação do INE, face ao período homólogo, a renda mediana subiu em 21 das 25 sub-regiões NUTS III, com os Açores (12,6%), Beira Baixa (12,5%) e Alentejo Litoral (10,1%) a registar os maiores aumentos homólogos.
Por outro lado, as rendas mais elevadas registaram-se na Área Metropolitana de Lisboa, com 9,2 euros/m², Algarve, com 7,07 euros/m², Área Metropolitana do Proto, com 6,87 euros/m², e na Madeira, com 6,70 euros/m².
Registou-se no último trimestre de 2021 um aumento homólogo da renda mediana nos 24 municípios com mais de 100.000 habitantes, acima dos 22 municípios registados no trimestre anterior. Com os valores dos novos contratos mais elevados, destaque para Lisboa, com 11,54 euros/m², Cascais, com 11,29 euros/m², Oeiras, com 10,21 euros/m², e Porto, com 9,15 euros/m². Estes registaram crescimentos homólogos do valor das rendas inferior ao do país, de 3,9%, 7,8%, 5,5% e 7,5%, respetivamente.
Segundo o INE, e Almada (9,04 euros/m² e +9,8%), Matosinhos (8,31 euros/m² e +9,3%), Funchal (7,92 euros/m² e +16,1%), Vila Franca de Xira (7,50 euros/m² e +10,1%), e Seixal (7,28 euros/m² e +10,5%) destacaram-se por registar simultaneamente valores de arrendamento e taxas de crescimento homólogo superiores à média nacional.
No último trimestre do ano também aumentou o número de novos contratos assinados, em 6,2%. 18 das 25 sub-regiões NUTS III registaram um aumento da atividade do mercado de arrendamento. Destaque para Santa Maria da Feira, Braga e Loures, com crescimentos expressivos do número de novos contratos de arrendamento, de 25,3%, 24,4% e 21,2%, respetivamente.
Rendas descem -1,9% em Lisboa
Tendo em conta os últimos 12 meses terminados no 2º semestre de 2021, as rendas desceram -1,9% no município de Lisboa, para os 11,24 euros/m².
Três das 24 freguesias da capital registaram valores medianos dos novos contratos de arrendamento de habitação superiores ou iguais a 13 euros/m², nomeadamente Santo António, com 13,33 euros/m², Santa Maria Maior, com 13,09 euros/m² e Misericórdia, com 13 euros/m². Santa Clara, com 8,59 euros/m², e Marvila, com 9,8 euros/m², registaram os valores mais baixos da cidade.
Por outro lado, 16 das 24 freguesias registaram taxas de variação homóloga negativas, com destaque para os -7% de Carnide e -6,4% de São Domingos de Benfica, com as maiores descidas.
Santa Maria Maior, Parque das Nações, Campo de Ourique, Estrela, Belém, São Vicente, Avenidas Novas, Ajuda e Alcântara registaram rendas acima do município de Lisboa, de 11,24 euros/m², e taxas de variação homólogas superiores aos -1,9% do município. Belém destacou-se por registar a maior taxa de variação homóloga das novas rendas, de 5,71%.
Marvila, Olivais, Areeiro, Penha de França, Carnide e São Domingos de Benfica registaram, no 2º semestre de 2021, valores de arrendamento e taxas de variação face ao período homólogo inferiores aos do município de Lisboa. Santa Clara registou a menor mediana e o maior crescimento homólogo da renda, de cerca de 8%.
Subida de 1,7% no Porto
No Porto, nos 12 meses terminados no 2º semestre do ano, a renda mediana dos novos contratos de arrendamento subiu 1,7% para os 8,85 euros/m².
A União de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde destacou-se por registar o valor de rendas de novos contratos mais elevado (9,53 euros/m²), entre as sete freguesias do município do Porto.
Ramalde, com 8,18 euros/m², registou valores abaixo da renda mediana do Porto, e uma taxa de variação homóloga de -2,3%, inferior à do município. Por outro lado, Campanhã (8,61 euros/m²) e Paranhos (8,44 euros/m²) registaram valores abaixo da cidade, e taxas de variação homóloga superiores às do município, de 9,4% e 3,3%, respetivamente.
A União de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde (9,53 euros /m²) e a União de freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória (9,40 euros/m²) destacaram-se por apresentarem rendas medianas e taxas de variação homóloga (+5,5% e +3,0%, respetivamente) superiores ao verificado na cidade do Porto.