Com o objetivo de colmatar as carências habitacionais no concelho, o programa municipal “Matosinhos: Casa Acessível” pretende captar fogos privados para o mercado de arrendamento, a custos acessíveis; iniciando agora a sua segunda fase de consultas públicas para a candidatura de alojamentos, aceitando tanto moradias como apartamentos em propriedade horizontal.
Assim, até ao final de abril, as casas candidatas serão alvo de uma vistoria técnica, com vista a aferir a sua adequação para habitação e o nível de conservação; sendo depois selecionadas que obtenham a melhor classificação, com base em dois critérios: estado de conservação e o valor da renda proposta pelo proprietário.
Trata-se de «uma etapa importantíssima pois será mais uma oportunidade para os proprietários de imóveis integrarem o programa e colocarem os mesmos no mercado de arrendamento com condições muito atrativas, e ao dispor dos munícipes que precisem de alugar casa. Para além disso, os proprietários conseguem através do “Matosinhos: Casa Acessível”, uma garantia de segurança contratual, a juntar aos benefícios fiscais envolvidos», comenta Tiago Maia, administrador da MatosinhosHabit, a agência municipal que implementa este programa.
Pedro Silva, da equipa de gestão do programa “Matosinhos: Casa Acessível”, revela que «nesta 2ª fase de consultas para proprietários pretendemos reforçar a participação dos mediadores imobiliários e tentar destacar junto destes e dos proprietários as vantagens do programa. Os mediadores podem ser parceiros importantes e, nesse sentido, estamos a contactá-los com o objetivo de destacar e chamar a atenção das vantagens de adesão ao mesmo.»
De acordo com este responsável, a implementação do ”Matosinhos: Casa Acessível” irá beneficiar várias famílias do concelho pois «trata-se de um instrumento vocacionado para agregados familiares que tem um nível de rendimentos intermédio que, por um lado, não conseguem aceder aos valores praticados no mercado de arrendamento livre, nem suportar os encargos com a aquisição de habitação própria, mas que, por outro, também não têm acesso às condições exigidas noutros programas habitacionais. Esta intervenção do município pretende também regular os preços do arrendamento, pois ao aumentar a oferta de casas a preço abaixo do mercado (-20%) a médio prazo, poderá induzir uma baixa geral dos valores de arrendamento».
Além disso, salienta Pedro Silva, outra das vantagens do “Matosinhos: Casa Acessível” prende-se com o é o seu potencial para atrair novos residentes para o concelho. «Os cidadãos que trabalhem em Matosinhos há mais de três anos também podem candidatar-se, mesmo que não residam no concelho, pelo que o programa pode levá-las a fixar-se, diminuindo os custos individuais e sociais, por exemplo, com os transportes», conclui.