Até 2030, a Câmara Municipal de Oeiras propõe-se a investir um total de 131 milhões de euros na criação de 2.000 habitações a preços acessíveis nos próximos 10 anos, no âmbito do plano municipal de habitação do concelho.
Este plano de investimento foi apresentado a 14 de maio pelo Presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais. Insere-se nas políticas de habitação do município, e pretende beneficiar «uma população diferenciada, mas que tem a carência habitacional como denominador comum. A erradicação das barracas, que era realmente uma chaga visível no território, não resolveu as necessidades de toda a gente. Por vezes, por detrás de um prédio muito bonito pode estar um anexo ou uma garagem onde viva uma família em condições degradantes», afirmou o autarca à agência Lusa.
Para concretizar este objetivo, o município preparou seis programas habitacionais distintos, nomeadamente o Oeiras Social, Oeiras Jovem, Oeiras Sénior, Oeiras Protege, Oeiras Arrenda e Oeiras para Todos.
Destaque para o programa Oeiras Arrenda, que prevê a criação de uma bolsa de arrendamento acessível para a classe média, num total de 1.200 habitações.
Também a esta segmento de mercado será destinado o Oeiras para Todos, que prevê a construção de 107 fogos, num investimento de 13 milhões de euros.
O programa Oeiras Social vai requalificar uma série de fogos existentes em bairros sociais e construir 403 novas casas, num investimento de 75 milhões de euros.
O Oeiras Jovem vai criar 133 novas habitações a custos controlados, com especial foco nos centros históricos, num investimento de 10,3 milhões de euros.
Já o programa Oeiras Sénior vai construir duas novas residências sénior, num investimento de 25 milhões de euros.
Por fim, o programa Oeiras Protege destina-se à promoção de alojamento temporário para situações de urgência, nomeadamente sem-abrigo, vítimas de violência doméstica, ou profissionais deslocados das suas habitações, num total de 60 fogos e um investimento de 8 milhões de euros.
O Público recorda que Oeiras assinou em 2020 um protocolo com o IHRU no âmbito do programa 1º Direito, para a construção de 500 fogos municipais, contando com um apoio do Estado de 85 milhões de euros. Mas agora, a autarquia quer construir mais 700 casas neste âmbito até 2030.