Ocupação de escritórios desce quase 30% para os 142.000 m2

Ocupação de escritórios desce quase 30% para os 142.000 m2

A análise do Office Flashpoint da JLL mostra que o número de operações no mercado de Lisboa registou uma descida de 39% em ano de pandemia, num total de 106 negócios concluídos. Contudo, a área média por negócio superou a de 2019, num total de 1.340 m².

Mariana Rosa, Head of Leasing Markets Advisory, da JLL, explica em comunicado que «naturalmente um mercado mais maduro como Lisboa, onde os níveis de absorção são mais robustos, reflete de forma mais expressiva o impacto da pandemia e o aumento do teletrabalho, com muitas empresas a adiarem as suas decisões de tomada ou expansão de escritórios, especialmente quando estão em questão áreas de grande dimensão». Identifica que «praticamente desde maio que o mercado de Lisboa evidencia esta tendência de contração e o fecho do ano correspondeu ao balanço esperado».

Só no mês de dezembro, Lisboa registou uma ocupação de 24.000 m², num total de 19 operações, 5 das quais de grande dimensão. A zona do Corredor Oeste foi a mais dinâmica, agregando 57% da absorção mensal.

Este foi, aliás, o principal destino das empresas no total do ano, com 33% da ocupação da região, envolvendo as ocupações de empresas como a Auchan, Infosistema, Santander Consumer, Altitude Software e Schneider

Descida de 17% no Porto

No mercado do Porto, os escritórios fecharam o ano com cerca de 54.000 m² ocupados, menos 17% que no ano anterior.

O número de negócios desceu 18% num total de 50 operações. Já a área média por operação superou a do ano anterior, tal como em Lisboa, num total de 1.080 m².

Mariana Rosa comenta que, no Porto, «o comportamento ao longo da pandemia foi de maior dinâmica face a 2019 (em comparação com Lisboa), sobretudo por ser um mercado que vinha de níveis de absorção relativamente baixos e que apenas no ano passado deu o salto em termos de concretização de operações».

Em dezembro, o Porto somou os 8.400 m² ocupados, 48% dos quais contabilizados na zona Oriental, que registou a maior operação do mês: a expansão de área da Founders Founders, em 4.000 m².

Plano de vacinação pode dar mais segurança às empresas

Quanto a 2021, Mariana Rosa salienta que os resultados de dezembro evidenciam uma forte recuperação face ao mês anterior em ambos os mercados, acolhendo mesmo diversas operações de grande dimensão. Destaca que «em dezembro, 85% a 90% da ocupação em Lisboa e no Porto foi referente à entrada de novas empresas ou à expansão de área. Este desempenho leva-nos a crer, agora que o plano de vacinação está em marcha, que as empresas possam estar mais seguras sobre o futuro dos seus espaços e retomar as suas decisões», conclui.