Mercado do Porto coloca 9.000 m2 de escritórios no 2º trimestre

Mercado do Porto coloca 9.000 m2 de escritórios no 2º trimestre

De acordo com a CBRE, apesar de este volume ter sido muito inferior ao do trimestre anterior, que chegou perto dos 19.000 m², o total de área absorvida no primeiro semestre de 2020 manteve-se idêntico ao registado em igual período do ano passado.

Entre abril e junho foram registados apenas 8 negócios de colocação de escritórios, metade do número médio trimestral registado no ano passado. 4 deles registaram áreas acima dos 1.500 m², num total de 92% da absorção total. Destaque para a ocupação de um edifício construído à medida (build to suit) para a Mercadona.

No período analisado, diminuiu significativamente a procura por áreas mais pequenas, até 250 m². Por isso mesmo, a CBRE espera «uma diminuição relevante da absorção nos próximos trimestres».

Apesar da nova dinâmica do contexto pandémico, a consultora não verificou «impacto relevante do surto nas rendas prime de escritórios, o que nos levou a manter os valores», pode ler-se no relatório Market View Porto.

 

38.500 m² entram no mercado até ao final do ano

Segundo a CBRE, até ao final deste ano deverão ser concluídos 8 novos edifícios de escritórios, num total de 38.500 m², dos quais 52% já estão pré-arrendados.

No final de junho, a taxa de disponibilidade fixou-se nos 8,8%, mais 0,2% que no trimestre anterior, devendo aumentar também nos próximos trimestres, com a conclusão de novos edifícios e com a redução da procura.

 

Venda do Trindade Domus foi a única operação de investimento

No trimestre em análise, foi registado apenas um negócio de investimento imobiliário em escritórios no Porto, nomeadamente a compra do Trindade Domus pela Finangeste em joint venture com um investidor institucional britânico, por mais de 40 milhões de euros.

«Existem alguns edifícios de escritórios no Porto em negociação, o que nos leva a prever o fecho de algumas transações até o final do ano», prevê a CBRE.