LX Capital dá vida a edifícios que aguardam conclusão de licenciamentos

LX Capital dá vida a edifícios que aguardam conclusão de licenciamentos
Fotografia ilustrativa.

A LX Capital está a dar um novo uso a edifícios e terrenos desocupados em Lisboa, apostando na criação de espaços comunitários e culturais temporários. Esta iniciativa de responsabilidade social pretende dar vida aos edifícios enquanto esperam pela conclusão dos processos de licenciamento e início de obras.

O edifício localizado na Rua da Quintinha 54, no Príncipe Real, será o primeiro projeto onde este programa se vai materializar, através da exposição RANDOM, organizada pelo artista Tomaz Hipólito através da AZAN Contemporary art.

André Riscado, CEO da LX Capital, sublinha a importância de dar vida a edifícios desocupados enquanto se aguarda pelos processos de licenciamento. «Os promotores imobiliários possuem edifícios que ficam desocupados e parados, sem contribuir em nada para a comunidade em que se inserem, à espera dos licenciamentos cada vez mais demorados. Tivemos a ideia de aproveitar os nossos prédios quando estão no período “meanwhile” à espera de licenciamento ou arranque das obras, nomeadamente, através da dinamização de movimentos colaborativos culturais e artísticos, dando oportunidade a artistas para que possam expor e divulgar as suas obras, criando espaços onde as pessoas se possam encontrar».

O responsável pela promotora encoraja outros empresários e empresas do setor a adotar práticas semelhantes. «Numa altura em que existe tanta falta de espaços habitáveis e utilizáveis, e ao mesmo tempo continua a existir uma quantidade enorme de edifícios devolutos, podemos fazer a nossa parte e partilhar esses espaços para ações para a comunidade, mesmo que temporariamente. Era bom também que as entidades, nomeadamente a Câmara, desenhassem formatos que possam agilizar licenciamentos de utilização temporária. Estes edifícios que esperam por serem reabilitados e que muitas vezes estão em condições de habitabilidade, podem até ser utilizados como residências temporárias para estudantes ou refugiados, mas não podemos esperar meses ou anos para conseguir licenciar essa utilização. A oportunidade existe e é grande, basta haver vontade e coragem dos players do sector. Fica a ideia e o desafio».