Com o objetivo de inventariar todo o património imobiliário adquirido ao longo dos tempos para construção e remodelação das infraestruturas ferroviárias e rodoviárias, a Infraestruturas de Portugal vai desenvolver um programa, de forma a «conhecer com rigor todo o património imobiliário sob gestão da IP, bem como do seu domínio privado», consta na proposta de Orçamento do Estado para 2023.
O programa está a ser desenvolvido com recurso a «tecnologias de informação geográfica, com recolha de dados e seu carregamento na base de dados geográfica central, caraterizando cada imóvel com um conjunto de atributos e respetiva documentação de suporte associada», consta no documento.
O Executivo destaca ainda que, entre os vários benefícios na implementação do programa, está a «capacidade em atuar e gerir melhor os custos de manutenção, bem como o aumento do portefólio de imóveis disponíveis para valorização (não necessários à exploração rodoferroviária)».
Há a intenção, por parte do Governo, de tornar a gestão do património imobiliário mais eficaz: «vai ser levada a cabo uma otimização da gestão do património imobiliário, incluindo uso mais eficiente de espaço. Será também promovida a crescente adoção de modelos de trabalho mistos (presenciais e teletrabalho), de forma a reduzir os custos de operação dos edifícios».
Para 2023, de destacar ainda a alienação de alguns edifícios de representação diplomática que não se encontram em uso, e o desenvolvimento de um Sistema de Informação e Gestão do Património Imobiliário Público, que «representa um esforço significativo de melhoria da qualidade da informação disponível sobre todo o património imobiliário (...) visa garantir a existência de uma fonte única e fidedigna com a informação dos imóveis do Estado», lê-se na proposta.