Imobiliário e construção impulsionam criação de novas empresas

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Entre janeiro e julho, a constituição de empresas em Portugal aumentou 0,8% face ao ano anterior, originando 32.422 novos negócios, mais 263 do que nos primeiros 7 meses do ano passado. Os números são divulgados pela Informa D&B.

Neste período, os setores do imobiliário e da construção foram os que tiveram mais registos de criação de empresas, num total de 697 e 410 novos negócios, e aumentos de 22% e 11%, respetivamente.

Estes setores são acompanhados de perto na criação de novas empresas pelas atividades de agricultura e pecuária, com 209 constituições e um aumento de 26%, e dos serviços de apoio às empresas, com 147 constituições e uma subida de 3,4%.

Pelo contrário, o setor dos transportes registou a maior descida homóloga na criação de novas empresas, de -24%, com menos 731 novos negócios criados que no ano anterior. Os números, citados pelo Eco, destacam também as descidas do setor do retalho (-10%; -305 constituições) e dos serviços gerais (-4,2%; -200 constituições).

O maior número de novas constituições registou-se na região Norte do país, num total de 285 novas empresas, e uma subida de 2,9%. A região Oeste e Vale do Tejo registou a maior variação homóloga, de 9,3%, com 175 novas empresas criadas. No Centro, foram criadas 146 empresas, numa subida de 3,9% face a igual período de 2024.

O Algarve registou a maior descida homóloga do número de novas constituições, de -6,9% (138). Na Grande Lisboa, este número foi de 272, numa descida de -2,8%. Já em Setúbal, a descida de -0,9% corresponde a 22 constituições.

Até julho, o número de encerramentos de empresas mantém a tendência de descida, num total de 5.939. No acumulado dos últimos 12 meses, entre agosto de 2024 e julho de 2025, encerraram 13.478 empresas em Portugal, menos 14% que nos 12 meses anteriores. Segundo a Informa D&B, esta tendência é “transversal” a todos os setores de atividade, mas destaca a descida de 20% (355 fechos) do setor do alojamento e restauração.

Nota também para o número de insolvências, que desceu -8,3% no período em análise, num total de 1.156 empresas, em especial da área do têxtil e da moda.