A ideia é que, através deste pacote financeiro, seja feito um investimento de 991 milhões de euros nos próximos anos, 620 dos quais na melhoria dos edifícios e 371 milhões em hidrogénio (186 milhões para promover a produção de gases limpos) e energias renováveis. Está também em fase final de preparação uma Estratégia de Longo Prazo para a Renovação de Edifícios.
O PRR refere que «o parque de edifícios existentes proporciona desconforto térmico em mais de 95% do ano», à exceção dos edifícios multifamiliares construídos depois de 2016. «Quase dois terços do parque nacional de edifícios foi construído antes da introdução, em 1990, de requisitos de eficiência energética para edifícios novos, o que se reflete, em muitos casos, em elevadas necessidades energéticas e mesmo em situações de pobreza energética com impacto no conforto térmico e na saúde dos ocupantes», sublinha o documento. Consequentemente, os edifícios domésticos e de serviços são responsáveis por mais de 30% do consumo energético do país.
A transição climática ocupa o lugar de destaque no documento ao qual o Eco teve acesso: «os investimentos na dimensão da transição climática, num total de 11 (dos quais 9 se localizam no Continente e 2 nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira), organizam-se em 5 componentes, num investimento total de 2.888 milhões de euros (dos quais 2.703 milhões no Continente e 185 milhões nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira)».