A ERA Portugal fechou o ano de 2023 com uma redução de 8% no volume de negócios transacionados, totalizando 1,62 mil milhões de euros. Esta valor representa um recuo face aos 1,77 mil milhões registados em 2022, segundo os dados divulgados pela mediadora imobiliária.
De igual forma, registou-se uma redução de -8% no número de negócios efetuados para 10.908 em 2023, face aos 11.863 verificados em 2022. A faturação fixou-se nos 84 milhões de euros em 2023, o que significa um decréscimo de -9% face ao período homólogo. Apesar desta quebra, o 2º semestre do ano fica marcado por uma melhoria de ambos os indicadores, sobretudo o valor das transações que verificou um aumento de 2,8% face ao 1º semestre do ano.
«Apesar de 2022 ter sido o melhor ano de sempre para o setor em geral, e para a ERA em particular, os dados do 4º trimestre desse período já refletiam o impacto do aumento das taxas de juro e da inflação. Esta conjuntura trouxe um abrandamento natural ao setor, como comprovam os mais recentes números do INE que indicam uma redução de 20% no número total de casas vendidas em 2023. Contudo, o 2º semestre do ano já deu sinais de uma retoma da confiança e os indicadores gerais evidenciaram melhorias óbvias que foram decisivas para que a quebra no negócio da ERA fosse bem menor do que a generalidade do setor», explica Rui Torgal, CEO da ERA Portugal
O TOP3 de distritos com base nos negócios reportados é liderado pelo Porto, com 20%, seguido por Lisboa, com 18%, e Setúbal, 10%. O preço médio dos imóveis vendidos na ERA continua a aumentar, apesar de estar a desacelerar. Em 2023, o crescimento verificado foi de +1%. Em 2023, o tempo médio de venda fixou-se nos 226 dias em 2023, o que representa uma redução de -11% face ao ano anterior., sublinha a mediadora.
«A incerteza do mercado fez com que entrássemos em 2023 (1º trimestre) com uma natural descida da faturação total - a maior descida ocorrida durante todo o ano (-7% face ao período homólogo). No entanto, esta quebra foi recuperada logo no 2º trimestre (+9%). O 3º trimestre de 2023 devido às constantes subidas da Euribor, o aumento do custo de vida, a escassez de oferta e o rebentar de uma nova guerra mundial acabou por registar um decréscimo pouco significativo (-2%). E no 4º trimestre a quebra é mesmo nula (-0%), refletindo uma maior estabilidade e confiança no mercado», justifica Rui Torgal.
No ano transato, a ERA atingiu um crescimento de 11% nas angariações em relação a 2022. Num mercado de oferta tão limitada, estes números provam uma maior penetração da ERA no mercado nacional. «O bom trabalho desenvolvido pelas nossas equipas ao longo do ano fez com que tenhamos conseguido ganhar quota de mercado em 2023, realidade bem patente pelo aumento significativo de portefólio em relação a 2022», aponta Rui Torgal.