CML aprova projeto para sede do grupo Jerónimo Martins

Prevê-se um edifício com 13 pisos acima da cota de soleira.
Lisboa.

A autarquia lisboeta aprovou, esta quarta-feira, o projeto de arquitetura para a construção da sede do grupo Jerónimo Martins no antigo mercado da Praça de Espanha. Prevê-se um edifício com 13 pisos acima da cota de soleira.

«A presente operação urbanística visa a colmatação da malha urbana, rematando a frente da Avenida Columbano Bordalo Pinheiro e do impasse da rua Professor Lima Bastos, consistindo no remate do novo espaço urbano através da construção de um edifício isolado, destinado à sede do grupo Jerónimo Martins, e do espaço público imediatamente confinante», lê-se na proposta da câmara, de acordo com a Lusa, citada pelo Negócios.

A proposta, que foi apresentada pela vereadora do Urbanismo, Joana Almeida, foi viabilizada em reunião privada do executivo municipal, com os votos a favor da liderança PSD/CDS-PP e do PS e os votos contra dos restantes, designadamente PCP, BE, Livre e Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre).

A aprovação é condicionada à resposta dos pedidos resultantes dos pareceres, nomeadamente a apresentação do «projeto de arquitetura revisto, considerando a redução dos lugares de estacionamento privado para o máximo de 177 lugares, e destinando o espaço remanescente em cave ao incremento dos lugares para bicicletas e motociclos», segundo a proposta.

O prédio onde será construída a sede da Jerónimo Martins comporta uma área total de 3.785,00 metros quadrados, sendo que atualmente encontra-se ocupado com um parque de estacionamento provisório de ambulâncias, ao serviço do IPO - Instituto Português de Oncologia.

De acordo com a proposta, «o novo edifício, com uma área de implantação de 1.501,82 m² e uma área de construção de 41.217,70 m2, desenvolve-se em 13 pisos acima da cota de soleira e seis pisos em cave e apresenta uma altura máxima de edificação e de fachada de, respetivamente, 74,56 m e 73,25 m». A edificação destina-se ao uso terciário, afeto a serviços.

Os pisos em cave, ainda que contenham áreas técnicas, destinam-se maioritariamente a estacionamento, em que o acesso será assegurado através da Rua Professor Lima Basto, conforme a proposta: «face à muito boa cobertura da rede de transportes públicos naquele local [...] não se justifica ultrapassar os 177 lugares de estacionamento privativo» para satisfazer as necessidades do empreendimento. Quanto ao estacionamento para uso público, prevê-se o máximo de 45 lugares, a que acrescem 30 lugares para responder às atuais necessidades do IPO.