Castro Group entra em 2022 com carteira de projetos no valor de 300 milhões

«De grosso modo, temos cerca de 300 milhões de euros em investimentos em curso neste momento», revelou Paulo Castro, CEO da promotora imobiliária e construtora bracarense em entrevista à VI-News.A esmagadora fatia deste valor está concentrada na região Norte, de onde o grupo é natural e, em especial no mercado de escritórios, estimando investir perto de 200 milhões de euros no desenvolvimento de três projetos neste setor. O concelho de Matosinhos é o epicentro desta aposta, ao acolher dois projetos em desenvolvimento: o renomeado Fuse Valley, que entre outros irá acolher a futura sede da Farfetch, e o SPARK, que irá criar um novo hub tecnológico na antiga Fábrica da Lactogal. O objetivo é arrancar ali com as obras ainda em 2022, seguindo-se depois um terceiro projeto, desta feita na sua cidade natal, onde o grupo quer criar um novo SPARK.É a norte que estão também concentrados os 40 milhões de euros alocados pelo grupo ao desenvolvimento da sua estratégia logística, sendo que neste caso o plano de ação se desenvolve em duas linhas distintas, como clarificou Paulo Castro. Uma delas, detalha o responsável, «é a promoção de um grande parque logístico na zona do Grande Porto, mais concretamente na zona industrial de Campo-Valongo, que tem grande acessibilidade e visibilidade». Em causa, está «um projeto com 80.000 m² de espaços de armazenagem em 200.000 m² de terreno que será desenvolvido com um parceiro que é uma referência internacional neste setor», conta. Revelando que «o processo já se encontra em fase muito adiantada», o CEO do Castro Group explica que «este é o nosso projeto para colmatar as necessidades logísticas que identificámos no mercado da região Norte, onde não há neste momento nenhum grande projeto com dimensão em desenvolvimento». Simultaneamente, «a nossa estratégia passa também por desenvolver unidades mais pequenas, em áreas de 20.000 a 30.000 m² noutras cidades secundárias como Aveiro, Coimbra Viseu, Braga ou Guarda».Na área do retalho, o grupo tem também alguns projetos em curso, nomeadamente um Auchan, um Aldi e mais alguns espaços comerciais que, no conjunto, representam um investimento a rondar os 12 milhões de euros.Estreia no mercado Build-to-Rent é um dos objetivosEntretanto, o Castro Group canalizou perto de 60 milhões de euros para a promoção residencial, com vários projetos em curso nos concelhos de Gaia e Vila do Conde, a Norte, em Cascais e, muito em breve, também no Algarve, onde «estamos prestes a lançar um novo projeto direcionado a um segmento premium em Vale do Lobo».E, de olhos postos no futuro, atualmente «estamos também a analisar alguns projetos residenciais voltados para o segmento Built-to-Rent (BTR). Queremos efetivamente entrar nesta área de negócio e, por isso, nesta fase temos em cima da mesa duas estratégias diferentes, embora ainda não tenhamos decidido qual o caminho que vamos tomar. Estamos já em conversações com algumas câmaras municipais da área metropolitana do Porto, caso de Gondomar, Matosinhos e Porto, que nos desafiaram a conhecer os seus planos e regulamentos em vigor para o arrendamento acessível. Mas ainda não sabemos se o nosso investimento no BTR vai arrancar por esta via ou se iremos optar pela via do investimento privado no desenvolvimento de unidades destinadas ao arrendamento com gestão privada. Confesso que ambas as hipóteses estão a ser analisadas neste momento, e que a nossa decisão está muito dependente de fatores de rentabilidade, em última análise ligados ao panorama que vivemos agora, com o aumento de preços das matérias-primas, por exemplo».

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