No primeiro semestre, cerca de 25% dos proprietários de imóveis tinham rendas em atraso. É o que revela o Barómetro da Associação Lisbonense de Proprietários, divulgado esta segunda-feira, o «incumprimento contratual mantém-se como um flagelo do mercado nacional de arrendamento nos primeiros seis meses de 2022: um em cada quatro inquiridos na 5.ª edição do Barómetro da ALP (24,4%) tem rendas em atraso», cita o Público.
Entre os proprietários que têm rendas em atraso, 28% tem mais de meio ano de rendas por receber. O inquérito online revela ainda que 54,4% dos senhorios com arrendatários incumpridores admitiram que não vão avançar para os tribunais ou instruir despejos.
Foram reunidas respostas de 259 proprietários nesta 5.ª edição do Barómetro ALP. De notar que, 50,8% dos inquiridos, detém no máximo cinco imóveis e, quase metade (46,2%), tem mais de 65 anos. Cerca de 55% dos proprietários auscultados são donos de imóveis na Grande Lisboa.
Por conta da inflação, 36% dos proprietários revelaram no questionário que o seu maior receio para 2023 é que se mantenha o congelamento das rendas nos contratos anteriores a 1990. 34% dos inquiridos teme a possibilidade de um congelamento administrativo pelo Governo de todas as rendas, por via da inflação.
Ainda de acordo com o estudo, «3,2% dos respondentes tem algum imóvel colocado nos Programas de Arrendamento Acessível do Estado e/ou das autarquias».