Face a 2021, houve uma recuperação em cerca de 2.500 fogos na oferta de Alojamento Local, quando o número de apartamentos T0/T1 com atividade regular nas plataformas de reserva em Lisboa e Porto rondava apenas as 4.000 unidades, repartidas equitativamente entre ambas as cidades.
De abril a junho, Lisboa e Porto somavam 6.500 fogos T0/T1 ativos no Alojamento Local em conjunto, revelam os dados do SIR-Alojamento Local, gerido pela Confidencial Imobiliário, que incidem sobre apartamentos de tipologia T0 e T1 com registo de Alojamento Local listados nas plataformas de reserva e que exibem atividade de vendas e ocupação regulares. Lisboa agrega 3.400 fogos T0/T1 ativos e o Porto os outros 3.100.
Contudo, o databank refere que apesar da trajetória de recuperação verificada na oferta ativa no Alojamento Local, o mercado permanece subdimensionado face ao período pré-Covid. Lisboa e o Porto contabilizavam, em conjunto, cerca de 10.000 fogos T0/T1 com atividade regular no Alojamento Local, no final de 2019. Do volume de fogos em atividade neste período, cerca de 6.000 situavam-se em Lisboa e 4.000 no Porto.
Para Ricardo Guimarães, Diretor da Confidencial Imobiliário, «a redução da oferta ativa foi um dos efeitos mais vincados da pandemia. O regresso dos alojamentos ao mercado tem sido lento, refletindo a desconfiança dos proprietários face a uma atividade que se manteve anémica durante muito tempo. Desde o verão passado que se nota um regresso paulatino de apartamentos ao AL e o atual nível de oferta, embora ainda distante dos padrões pré-pandemia, reflete a maior confiança dos proprietários neste mercado, o qual alcançou no verão indicadores de desempenho que não só deixam para trás o período do Covid, como estabelecem novos máximos».
Os dados do SIR-Alojamento Local revelam ainda que, o mercado de Alojamento Local registou no 2º trimestre um desempenho em máximos históricos, apesar de ser um mercado de menor dimensão face ao pré-Covid: na capital verificaram-se recordes de ocupação, rentabilidade e diárias, registando uma ocupação média de 73%, um RevPAR de 78€ e uma diária média de 108€.
Já na Invicta as diárias médias também estão em máximos, atingindo os 91€ no 2º trimestre, ao passo que o RevPAR alcançou o anterior recorde, de 53€, e a ocupação está a aproximar-se dos níveis máximos do mercado, ao atingir 58% de abril a junho.