Açores têm 28 novos hotéis em pipeline para os próximos anos

Açores têm 28 novos hotéis em pipeline para os próximos anos

28 projetos hoteleiros receberam parecer favorável da Direção Regional do Turismo dos Açores e estão, atualmente, em desenvolvimento e em processo de licenciamento. 4 deverão abrir já este ano.

Os números foram dados pela Secretaria Regional dos Transportes, Turismo e Energia à Publituris Hotelaria. Além dos 4 hotéis que deverão abrir ainda em 2022, deverão abrir outros 13 em 2023.

Os projetos distribuem-se por 6 das 9 ilhas do arquipélago, e São Miguel, a maior ilha, terá 12 dos novos hotéis. Mário Mota Borges, secretário Regional dos Transportes, Turismo e Energia, destaca que «há dinâmicas de crescimento muito interessantes na ilha Terceira (5 projetos) e na ilha do Pico (6 projetos), que têm uma oferta turística e atrativos muito particulares e diferenciados».

Destaca também «o surgimento de novas unidades em ilhas cada vez mais procuradas, como a ilha de Santa Maria (1 projeto), a ilha de São Jorge (2 projetos) e a ilha do Faial (2 projetos), demonstrando, cada vez mais, a riqueza e diversidade dos Açores enquanto destino turístico e o imenso potencial para a experiência da estadia na Região», cita a mesma fonte.

Segundo o Governo Regional, no âmbito do período de programação comunitária 2014-2021, «que coincide com a fase de maior crescimento tanto na oferta como na procura no turismo dos Açores», foram submetidas candidaturas a sistemas de incentivo ao investimento para 142 projetos na área do alojamento, com um investimento previsto de 470 milhões de euros, numa média de 3,3 milhões de euros por candidatura, e com intenções de investimento «em todas as ilhas».

A pandemia atrasou alguns projetos, mas «os projetos que já estavam em desenvolvimento acabaram por não ser afetados, mantendo o seu ritmo de implementação. Pelo contrário, os promotores de projetos que estavam pendentes nas câmaras municipais ou com licenças de construção ainda sem iniciar a obra, de um modo geral, optaram por não avançar e aguardar pela evolução da situação epidemiológica. Foram decisões cautelosas, de mitigação de risco, que são compreensíveis. Assiste-se, agora, à retoma de muitos desses projetos», garante o governante.

São cada vez mais os investidores internacionais que olham para os Açores, nomeadamente devido ao potencial de crescimento do destino e à sua diferenciação no contexto internacional, além das diferenças fiscais face ao Continente. Mas «a maioria dos empreendimentos que surgiu nos últimos anos foi promovida por empresários açorianos».

«De uma forma geral, há uma boa expetativa para o desenvolvimento da oferta nos próximos anos, que se terá de ajustar ao contexto pós-pandemia e superar as adversidades que se afiguram no mercado, incluindo a falta e o encarecimento da matéria-prima», completa Mota Borges, que conclui que «os investimentos a realizar na Região Autónoma dos Açores devem estar imbuídos de uma matriz sustentável e contribuir para a qualificação do destino e para sua sustentabilidade turística. Este é um princípio essencial nos Açores e que não representando, de todo, um constrangimento é, pelo contrário, um estímulo e um desafio que se faz aos investidores para enriquecerem e diferenciarem a sua oferta».