Um dos setores mais afetados pela paragem económica da pandemia, o mercado do alojamento local de Lisboa e Porto registou uma quebra expressiva no número de apartamentos T0 e T1 em atividade no 4º trimestre de 2020, com uma baixa de 4.690 fogos no conjunto das duas cidades, face a igual período de 2019.
Estes números são apurados pela Confidencial Imobiliário no âmbito do SIR-Alojamento Local, considerando como ativos os fogos T0 e T1 com registo de Alojamento Local, listados nas plataformas de reserva e que exibem uma atividade de ocupação regular.
Só em Lisboa, 3.100 apartamentos deixaram de ter atividade turística entre os dois períodos analisados. A oferta atual é de 2.750 fogos, que comparam com os cerca de 5.850 contabilizados um ano antes.
A maior parte dos fogos retirados deste circuito de oferta situam-se no centro histórico, nomeadamente em Santa Maria Maior (-770) e na Misericórdia (-1.250). As duas freguesias tinham ativos, no final de 2020, cerca de 1.000 e 620 fogos, respetivamente.
Já no Porto, o alojamento local perdeu 1.590 apartamentos, com os atuais 2.550 T0 ou T1 em atividade a compararem com os 4.140 em igual período de 2019. A maior parte destes fogos situam-se na União de Freguesias do Centro Histórico, que perdeu 1.150 fogos, e tem agora cerca de 2.110 com uso turístico (3.265 no 4º trimestre de 2019).