“Todos os dias chegam intenções de investimento ao nosso país”

“Todos os dias chegam intenções de investimento ao nosso país”

Quem o diz é o vice-presidente executivo, Hugo Santos Ferreira, que revela à VI que o setor «mantém alguma tranquilidade cautelosa» e confirma que «não temos sentido uma paragem abrupta na promoção e na construção. As obras continuam, com alguns atrasos, mas com um bom ritmo. As vendas online tardaram, e estão neste momento a acontecer».

De acordo com o responsável, «Portugal continua e continuará a ser um destino de investimento para os investidores internacionais. Continuaremos a ser um dos motores da economia portuguesa», e acredita que «o setor imobiliário estará à altura, como já provou estar há pouco tempo» depois da última crise.

Esperando «que esta paralisação acabe o mais rapidamente possível, obviamente respeitando todas as direções das nossas entidades públicas», e admitindo que «a incerteza caracteriza estes momentos», a APPII está já a «a pensar no amanhã e no relançamento da economia, que queremos que aconteça a muito curto prazo».

Nesse sentido, a captação de investimento estrangeiro será um dos fatores chave. A APPII tem estado em contacto com o Governo «para contribuir e explicar em que medida é que o investimento imobiliário pode ajudar a relançar a nossa economia. Pode ser a pedra de toque no relançamento da economia».

A associação tem já apresentadas ao executivo várias medidas neste sentido, entre as quais o relançamento dos programas de captação de investimento estrangeiro, entre os quais os “golden visa” e o Regime de Residentes Não Habituais, além da não contemplação da alteração ao regime de ARIs prevista para o Orçamento do Estado para 2020: «são 700 milhões de euros de investimento e 85 milhões de euros em impostos a cada ano», diz Hugo Santos Ferreira. «O programa deve ser repensado apenas para Lisboa, e não da forma como foi».

Por outro lado, propõe a redução do IVA na construção nova para 6%, à semelhança da reabilitação urbana, que «foi um caso de sucesso», além da abolição do AIMI na habitação, «que é uma das grandes necessidades do país. Não faz sentido que haja dupla tributação se queremos passar mensagem de que os investidores são bem-vindos».