Os fundos Tikehau e Albatross deixam para trás a Cerberus, que também fazia parte da short list de candidatos à apresentação de propostas vinculativas para compra deste portfólio, colocado à venda em julho. Foram os escolhidos, e passam agora à última fase de negociações para conclusão da operação, o que deverá acontecer até final de março.
De acordo com fontes próximas do negócio consultadas pelo Eco, «os dois fundos apresentaram uma oferta hipercompetitiva. É um ótimo sinal para o mercado português e para outros potenciais vendedores».
Esta parceria deverá comprar o Projeto Zip por um valor entre 300 e 320 milhões de euros, inferior aos 360 milhões de euros pelos quais o conjunto está avaliado.
De recordar que estão em causa 4.435 frações habitacionais, a maior parte já com inquilinos, situadas sobretudo nos centros urbanos do Porto, Lisboa e Setúbal. Os imóveis fazem parte de vários fundos de investimento imobiliário para arrendamento habitacional (FIIAH) geridos pela Norfin e detidos por vários bancos, entre os quais o Novo Banco, a CGD, Montepio, Millennium bcp ou Santander Totta.
90% destes imóveis está arrendado. O Projeto Zip gera hoje um rendimento anual de 14,6 milhões de euros, que poderá passar a 25,8 milhões, segundo a mesma fonte.