A notícia foi avançada pelo diretor-geral da Panattoni para Espanha e Portugal, Gustavo Cardozo, que confirmou um plano de investimentos de 190 milhões de euros a aplicar no desenvolvimento de uma carteira de 16 novos projetos em território ibérico.
Especializada na promoção de projetos logísticos, a Panattoni desembarcou em Espanha há cerca de um ano, onde já adquiriu terrenos com mais de 100.000 m² e colocou em marcha investimentos de 100 milhões de euros nas zonas Guadalajara, Vitoria, Zaragoza, Cádiz, Barcelona e Valencia, onde tem já seis projetos em fase de construção e desenvolvimento. A estes somar-se-ão em outros 100.000 m² de terreno nos próximos meses, relativos a ativos já em fase de negociação ou due-diligence distribuídos por mercados como Getafe (Madrid), Bilbao, Sevilha e Lisboa, e nos quais planeia investir outros 90 milhões de euros. O objetivo é ter promovido 500.000 m² de área logística em Espanha e Portugal no espaço de dois anos, segundo avança o diário online Eje Prime.
«Após um ano de atividade contamos já com 200.000 m², incluindo os projetos já em promoção e outros que se juntarão muito em breve. O objetivo é aumentar a nossa carteira em cerca de 40% até ao final de 2021», explicou Gustavo Cardozo ao diário espanhol Expansión.
Promoção para vender a investidores
Cerca de 70% destes projetos correspondem a promoção especulativa, isto é, arrancam ainda sem um inquilino garantido; enquanto os restantes são essencialmente projetos chave-na-mão e incluem tanto naves logísticas XXL, como cross docking para empresas de distribuição ou centros last-mile.
A estratégia passa por aliar-se a investidores que ficam com o ativo após a sua construção ou que o vendem a um terceiro. «Somos promotores, contudo somos muito ágeis porque caminhamos de mão dada com investidores que nos acompanham há já muito tempo, o que nos permite fechar operações muito rapidamente», sublinha o diretor-geral da Panattoni para Espanha e Portugal.
Gustavo Cardozo reconhece que a revolução causada pelo comércio eletrónico está a transformar profundamente o mercado logístico em todo o mundo, e a Ibéria não é exceção. «Antes do auge do e-commerce, do ponto de vista da logística, assegurar a cobertura de Madrid, Barcelona, Valencia e a zona norte era o suficiente. Mas, agora a imediatez e o maior volume de atividade exigem uma capilaridade muito maior e a necessidade de se estar presente em cidades a partir de 200.000 habitantes».