Aquando do chumbo do primeiro Estudo de Impacto Ambiental, a Comissão de Avaliação Ambiental considerou que «os impactos negativos identificados» eram «nalguns fatores muito significativos, não minimizáveis e impeditivos ao desenvolvimento» do projeto da Operação de Loteamento da UP3 da Hotelaria Tradicional de Portimão. Eram apontados o facto de não ter sido feita uma avaliação «ainda que elementar, dos efeitos cumulativos com os empreendimentos envolventes», cita o Eco.
Atualmente, este projeto apresenta-se agora mais pequeno: prevê a construção de 3 hotéis de 5 estrelas com 353 quartos (menos 58 face ao previsto) e 8.237 metros quadrados de área total, que comparam com os 11.501 inicialmente previstos. Estes hotéis deverão representar 3,9% do Plano de Urbanização.
A distância ao mar foi outra das preocupações apresentadas pela comissão ambiental, sendo que os promotores defendem que a construção dos hotéis ficará muito mais próxima da estrada que das falésias, não sendo percetíveis do mar – as distâncias até à costa variam entre os 230 e os 450 metros.
Os promotores comprometem-se também a construir um caminho para que o público possa visitar as falésias próximas, até porque a Câmara de Portimão exige a construção de um passadiço para uso turístico.
Além disso, nenhuma das construções será feita nas zonas onde existe a planta linária algarvia, espécie protegida também mencionada no estudo.
No total, o investimento envolvido deverá situar-se entre os 35 e os 40 milhões de euros, de acordo com o Eco. Deverá representar a criação de mais de 350 postos de trabalho diretos e 520 indiretos. «Não se trata de trazer mais turismo, mas de fazer melhor turismo», explicam os promotores.
Foto: Eco