Investimento imobiliário deverá aumentar em 2019

Investimento imobiliário deverá aumentar em 2019

Segundo as previsões da consultora, o investimento vai continuar a ser uma prioridade para o setor, de acordo com 77% dos agentes inquiridos no estudo “Portuguese Real Estate Investment Survey”. Acreditam que o investimento terá o maior impacto no setor este ano (70%) além da entrada de novos players no mercado (54%).

Jorge Marrão, Partner e Real Estate Leader da Deloitte Portugal, comenta que «os agentes do setor terminaram o ano passado com um sentimento de grande confiança e estão com elevadas expectativas em relação a este ano. Continuamos a ter motivos para acreditar que este bom momento se vai manter e que Portugal vai continuar a ser atrativo tanto para investidores nacionais como estrangeiros».

 

Value added serão os ativos preferidos

Grande parte dos players inquiridos (38%) prevê aumentar o seu portfólio em mais de 10% e aponta os ativos value added (31%) como a opção preferencial de investimento, seguida pelos ativos core (23%) e oportunistic deals (23%).

Em 2019, os ativos Value Added (31%) vão ser alvo de maior investimento por parte dos agentes do setor imobiliário e a hotelaria (62%), os escritórios (54%) e o retalho (31%) destacam-se como setores preferenciais de investimento.

Este ano, é esperado um aumento do volume e dos preços de transação no setor industrial, além de uma maior estabilidade no setor residencial, comercial e na hotelaria, segundo a consultora, que espera também uma maior estabilidade das taxas de rentabilidade nos vários setores analisados, podendo mesmo baixar no caso da habitação e na indústria.  

Por outro lado, para 54% dos inquiridos, a burocracia será um dos principais entraves ao investimento em Portugal 2019, além da política fiscal, que preocupa 85% dos respondentes.

 

Fundos de pensões serão os principais compradores 

A nível de estratégia de desinvestimento, ativos core e opportunistic deals serão os principais alvos para 31% dos inquiridos, além dos escritórios (38%), ativos industriais (31%) e residenciais (23%).

Os fundos de pensões (62%) e os fundos de fundos (46%) surgem como principais compradores de imobiliário e a Europa (92%), a América do Norte (46%) e a Ásia (46%) destacam-se como sendo a origem dos principais investidores. Segundo os agentes do setor, a captação de fundos para investimento não trará dificuldade acrescida (46%) e o processo de aquisição de ativos imobiliários vai durar entre três a seis meses (92%).