Esta é uma das conclusões do estudo semestral desenvolvido e apresentado pela B. Prime na Expo Real este mês. O relatório Prime Watch mostra que está a crescer a participação dos investidores nacionais, que representam agora 13% do volume total, mas o investimento estrangeiro continua a ser determinante.
Segundo a consultora, os investidores norte americanos foram os mais ativos no período, nomeadamente devido à aquisição do portfolio dos hotéis Tivoli no valor de 313 milhões de euros – a maior operação hoteleira já fechada em Portugal.
Com a compressão das yields, principalmente no segmento do comércio de rua e logística, muitos investidores apostaram na diversificação do risco das suas carteiras, estando agora mais recetivos a projetos alternativos e localizações secundárias, de forma a melhorar as taxas de rentabilidade. Segundo a consultora, esta tendência «está na base do crescimento de muitos projetos de co-working, co-living, residências de estudantes e residências senior que têm proliferado no mercado nacional».
Este ano, a B. Prime calcula que o investimento comercial não supere o volume registado no ano passado mas, ainda assim, deverá somar cerca de 2.000 milhões de euros. Jorge Bota, Managing Partner da B. Prime, antecipa que «neste momento o ciclo está a atingir um grau de maturidade, que nos leva a crer que o volume de investimento vai estabilizar».
O responsável comenta que «o mercado imobiliário tem sido uma excelente aposta por parte dos investidores que procuram alternativas às taxas de juro negativas que vão manter-se, pelo menos a curto prazo». E aponta que «praticamente todos os ativos portugueses de rendimento em zonas prime mudaram de proprietários nestes últimos anos, o que mostra a atratividade do nosso mercado, que em 2018 registou o maior volume transacionado de sempre».