Realizou-se entre os dias 4 e 6 de outubro a Expo Real 2022, em Munique. Na edição deste ano, Porto, Gaia e Matosinhos apresentaram as suas oportunidades de investimento, no espaço “Greater Porto”, entidade que pretende «agregar interesses e empresas, dinamizar a economia, impulsionando a região».
Tendo em vista que é a segunda vez que Vila Nova de Gaia participa neste tipo de eventos internacionais, depois do MIPIM 2022, para Eduardo Vítor Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal de Gaia, o «surpreendente é estarmos cá em conjunto», sendo que estes municípios trabalham em conjunto «desde há 7 anos em várias áreas, no âmbito do que foi designado como “Frente Atlântica”. Cada um deles tem a sua especificidade e contextos próprios, articulação e interdependência absoluta, seja nos movimentos pendulares de quem lá trabalha e mora, seja na observação que quem quer investir faz do próprio território».
"Sentimo-nos parte de um processo de internacionalização do país"
O presidente da autarquia de Gaia indicou ainda que estes municípios «representam um contínuo urbano, que prestigia a marca Porto e que acrescenta valor» e que por isso «nos fazem sentir parte de um processo de internacionalização do país». Atenta ainda para o facto de Gaia ser «o terceiro maior município do país, e não pode ficar excluído deste trabalho de fortalecimento da imagem internacional do país. Acreditamos ter um conjunto de aspetos que acrescentam à região 17 km de mar, encostas de rio, zonas verdes, um território que pode crescer, do ponto de vista do investimento e empresarial». Para Eduardo Vítor Rodrigues, «esta interdependência e comunicação saudável entre os 3 municípios pode significar um novo tempo, que já inaugurámos um pouco no MIPIM, e agora com maior peso na Expo Real, e numa perspetiva de continuidade».
"Há um conjunto de vantagens que temos como região altamente interessantes para quem olhe para nós como uma oportunidade"
As palavras são do presidente da autarquia de Gaia que distingue a cidade que representa como «um território muito importante para explorar» pelo facto de também poder «ter interligações com o Porto, com mais limitações ao nível do território». Considera que o município responde a «desafios de futuro»: aponta para «oportunidades ligadas às tecnológicas e às start-ups, nomeadamente através da InovaGaia, e também outras vantagens de contexto, como um país com bom clima, seguro». Considera que estes "desafios de futuro" mencionados «não são de uma cidade de hoje ou de ontem, mas de uma cidade com séculos de história: procuramos as nossas raízes» e que «não temos uma fila de investidores à porta da câmara».
Eduardo Vítor Rodrigues frisa ainda que o trabalho não «se faz numa presença ou duas ou de forma isolada ou casuística», sendo extremamente importante «reconhecer que há um trabalho a fazer depois desta “missão”, tendo a noção de que tem de ter continuidade». Assim sendo, é fundamental «continuar a trabalhar para estar entre a panóplia de oportunidades que os investidores procuram à escala global», completa o presidente da autarquia de Gaia.
Ricardo Valente, vereador do Turismo da Câmara Municipal do Porto, esteve também à conversa com a Vida Imobiliária. Leia a entrevista na íntegra aqui.