Segundo apurou a Confidencial Imobiliário, este montante representa um aumento de 80% em volume e de 67% em número de transações face ao ano anterior.
Esta dinâmica resultou no aumento da quota do investimento estrangeiro nesta área da cidade, que representa agora 28% (face aos 21%de 2017) do total dos 2.390 milhões de euros investidos em habitação na ARU de Lisboa em 2018.
Estes compradores estrangeiros investiram uma média de 424.400 euros por operação, mais 8% que no ano anterior, um valor cerca de 38% acima do que investiram os compradores nacionais no mesmo período (306.700 euros).
Santo António e Santa Maria Maior continuam a ser as freguesias mais procuradas pelos estrangeiros, concentrando 16% e 15%, respetivamente, do investimento internacional em habitação em 2018. As restantes freguesias com maior procura são Arroios, Misericórdia e Estrela, com quotas de 13%, 12% e 11%, respetivamente, mas Alcântara, Alvalade, Beato e Campolide captaram três vezes mais capital estrangeiro do que em 2017.
As nacionalidades são cada vez mais diversificadas, num total de 80 países distintos, desde a África, Ásia, América do Sul e América do Norte, Oceânia, Europa Ocidental, Central, de Leste e Mediterrânea, e ainda Médio Oriente. Ainda assim, cinco países continuam a concentrar mais de metade do investimento internacional em habitação na ARU (55%). A França (18%), China (14%), Brasil (8%), Reino Unido e EUA (ambos com pesos de 7%) são os países com maior quota no investimento estrangeiro.
De notar que a ARU de Lisboa cobre praticamente todo o território da cidade, excluindo algumas zonas como o Parque das Nações, as Laranjeiras ou a Alta de Lisboa. Tendo isso em conta, para os fins da presente análise, consideram-se todas as freguesias da cidade, excluindo as do Parque das Nações, Lumiar e Santa Clara.